FILMES E SÉRIES

Idris Elba, Sharlto Copley e Iyana Halley

Divulgação/Universal Pictures

NOS CINEMAS

A Fera: Astro do filme fugiu de ataque de rinoceronte no set; entenda

Rodado na África do Sul em meio a animais bem reais (e perigosos), longa estrelado por Idris Elba já está em cartaz nos cinemas brasileiros

André Zuliani

Atualmente em exibição nos cinemas, A Fera (2022) traz Idris Elba como um médico que precisa salvar a sua família das garras de um enorme leão. Rodado na África do Sul, o longa precisou que equipe e elenco encarassem os perigos reais da savana africana.

A experiência de filmar ao ar livre trouxe bônus e ônus para os integrantes do elenco. Apesar de estarem diante de lindas paisagens naturais do continente africano, os atores e a equipe de produção foram expostos a muitos perigos comuns da região.

Um deles foi a necessidade de conviver com animais que habitavam a região onde ocorreram as gravações. Perto dos sets de filmagens, criaturas selvagens que ficam sob a guarda da segurança local quase colocaram a integridade de Sharlto Copley, intérprete de Marin em A Fera, em risco.

Em bate-papo com jornalistas do qual a Tangerina participou, o ator de 48 anos relembrou as maiores dificuldades enfrentadas no set africano e revelou que escapou por um triz do ataque de um rinoceronte durante as filmagens.

“Baltazar [Kormákur, diretor de A Fera] é este incrível islandês viking, como nós o chamamos, que é o tipo de cara que gosta de filmar encarando um elefante selvagem no arbusto, algo que realmente aconteceu. E eu escapei da investida de um rinoceronte. Eu quase fui morto por um rinoceronte, mas é uma outra história. Então, nós tivemos nossas aventuras nos arbustos”, contou o ator. nascido e criado em Johanesburgo, capital da África do Sul.

Idris Elba

Idris Elba é o protagonista de A Fera

Divulgação/Universal Pictures

Obstáculos no set

Além das dificuldades de trabalhar ao lado de animais selvagens, Copley explicou que o clima natural da África do Sul também foi outro obstáculo a ser superado. Segundo o ator, eram horas sob o sol escaldante para filmar cenas longas e de difícil operação.

“A imersão para filmar este projeto foi enorme. Fizemos várias sequências longas, algumas com quase sete minutos de duração. Nós não usamos truques. É tudo uma sequência feita com uma steadicam. Eu nunca tinha feito um filme assim para manter essa sensação fresca, como se estivesse realmente acontecendo. Ensaiávamos o dia inteiro e então você tem quatro tomadas para fazer enquanto o sol está bem em cima. Foi algo único. Essa foi definitivamente a parte mais desafiadora para mim.”

Para Copley, A Fera também lhe proporcionou a rara oportunidade de rodar um longa em seu país natal. Nascido e criado na África do Sul, o ator disse que as filmagens lhe permitiram fazer coisas que ele nunca pôde fazer mesmo quando ainda era um morador local.

“A maior bênção do filme, para mim, foi passar uma boa quantidade de tempo entre os arbustos, algo que é raro mesmo morando na África do Sul. Aqui, não é normal ficar um ou dois meses entre os arbustos. Você não tem tantas oportunidades. Então, pude aproveitar outros aspectos do meu próprio país que normalmente eu não posso fazer, como andar de bicicleta nas montanhas ou pela natureza das reservas”, acrescentou.

“São coisas que você normalmente não pode fazer. Lá, você tinha o suporte caso alguma coisa desse errado. Eles te mandariam um helicóptero de resgate caso você se machucasse ou fosse mordido por uma cobra. Então, foi realmente uma bênção poder trabalhar nesta bolha e aproveitar as coisas do meu próprio país.”

Idris Elba

Cena de A Fera

Divulgação/Universal Pictures

A criação da besta

Diretor de A Fera, Baltazar Kormákur teve desafios durante o seu trabalho no longa que vão além dos problemas da terra selvagem. O principal deles foi criar o enorme leão antagonista da trama, já que nenhum animal de verdade poderia ser utilizado nas filmagens.

Para o cineasta islandês, foi necessária uma preparação intensa entre equipe e elenco para tornar crível a presença de um leão “imaginário” no set. Além dos tradicionais efeitos especiais para criar o animal, muitos dublês serviram como “isca” na hora de filmar as cenas de perseguição ou duelos contra a fera.

“Nós fizemos muita preparação, muito planejamento, especialmente quando você filma sequências longas sem cortes. E tivemos o suporte de nossos dublês e outras pessoas ‘brincando’ de serem o leão. Nós tivemos um cara que era local e cresceu em uma fazenda da região. Então, ele sabia tudo sobre o comportamento [do leão]. Mas, claro, nós também usamos nossa criatividade. É uma jornada longa de um ano de trabalho muito detalhado, mas eu tive a melhor equipe ao meu lado”, finalizou.

Leah Jeffries e Idris Elba

A Fera

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QUEM FEZ

André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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