(Foto: Divulgação/Netflix)
Produzida por James Wan, Medo Real mistura documentário com dramatização em cinco episódios
Medo Real (True Hauting) está disponível para assistir na Netflix desde 7 de outubro, mas talvez você nem tenha percebido. A série documental de terror não chegou a aparecer no top 10 de mais vistas do Brasil. No entanto, fãs de filmes da franquia Invocação do Mal podem gostar do conteúdo, que cria uma ponte entre o horror sobrenatural e o realismo do crime verdadeiro, transformando relatos de assombrações em uma experiência perturbadoramente real.
Com cinco episódios, a produção tem um formato híbrido, com parte documentário e parte roteirizada, utilizando dramatizações de encontros paranormais intercalados com entrevistas dos indivíduos que realmente vivenciaram esses eventos. James Wan atua como produtor de Medo Real, através de sua empresa Atomic Monster.
Conhecido por comandar as franquias Invocação do Mal e Jogos Mortais, Wan confere à série sua marca registrada de empatia e terror. A influência do cineasta e sua equipe é inconfundível: em vez de tratar as dramatizações como meras vinhetas, a produção cria cenas como se fossem filmes de terror de alta qualidada.
A primeira história, Eerie Hall, tem três episódios e foi dirigida por Neil Rawles. A trama acompanha Chris Di Cesare, um estudante universitário na SUNY Geneseo, no interior de Nova York, em 1984. O que começa como uma experiência de faculdade típica se torna aterrorizante quando seu quarto no dormitório se transforma no epicentro de uma atividade paranormal cada vez mais agressiva.
Chris é o único a ouvir a entidade sussurrar seu nome, sentindo-se isolado e vendo sua saúde mental deteriorar à medida que o ser se torna mais forte. A narrativa de Eerie Hall inclui depoimentos atuais do próprio Chris Di Cesare, de seu pai, e de amigos como Jeff Ungar e Craig Norris.
Os dois episódios finais formam a segunda história, Esta Casa Me Assassinou, dirigida por Luke Watson. O documentário acompanha April e Matt Watson, um casal de Salt Lake City, que se muda com seus dois filhos para uma casa vitoriana. Inicialmente um sonho de renovação, o lar logo se torna um pesadelo, com a família descobrindo um quarto escondido, ouvindo ruídos misteriosos e vendo figuras sombrias que atormentam seus filhos. O horror aqui reside na sensação de desamparo dos pais, percebendo que o lugar que deveria proteger a família se tornou perigoso.
Vera Farmiga interpreta Lorraine Warren em Invocação do Mal
Vera Farmiga (à esq.) e a Lorraine Warren real (Fotos: Divulgação/Warner Bros.)
Para os fãs de Invocação do Mal, a série tem conexões diretas que reforçam sua credibilidade no gênero. Além da produção de James Wan, que transformou Invocação do Mal na franquia de terror mais bem-sucedida deste século, os demonologistas da vida real, Ed e Lorraine Warren, são figuras que emergem nas histórias.
No caso de Eerie Hall, Chris Di Cesare, ao refletir sobre sua experiência, revela ter conhecido Ed e Lorraine Warren, cujos trabalhos inspiraram a franquia Invocação do Mal. Este breve encontro com os Warrens ajudou a legitimar seu medo e sua experiência sobrenatural. Já na história Esta Casa Me Assassinou, a família Watson, diante do tormento, busca a ajuda dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, que desvendam o passado sombrio da casa.
Nas plataformas de avaliações, a série tem dividido opiniões, com 60% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 6,0 no IMDb. E aí, vai ter coragem de assistir ao terror diferente na Netflix?
Vinícius Andrade
Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news
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