(Foto: Fábio Rocha/Globo)
Antes da nova regulamentação, plataformas chegaram a aceitar apostas em produções ligadas ao entretenimento, mas isso não é mais permitido
O mistério sobre quem matou Odete Roitman (Debora Bloch) na semana final do remake da novela Vale Tudo domina as discussões nas redes sociais e entre os telespectadores do folhetim da Globo. Assim como aconteceu na versão original de 1988, a expectativa sobre o desfecho do assassinato da vilã é alta, com o público criando diversas teorias para desvendar o crime. No entanto, o bilionário mercado de apostas online (bets) não pode faturar com os palpites sobre quem é o assassino, pois a legislação brasileira restringe a operação das casas de apostas a eventos esportivos e jogos virtuais.
A impossibilidade de realizar apostas em mistérios de novelas ou em outras produções de entretenimento é um resultado direto da legislação em vigor no Brasil. A Lei nº 14.790/2023, sancionada em dezembro de 2023, estabeleceu o marco regulatório para a modalidade lotérica de apostas de quota fixa.
O Artigo 2º da Lei nº 14.790/2023 é claro ao definir que as apostas só são possíveis em “eventos reais de temática esportiva” ou em “eventos virtuais de jogos on-line”. O conceito de “evento real de temática esportiva” abrange competições esportivas, torneios, jogos ou provas, individuais ou coletivas, excluindo a participação de menores de 18 anos, e cujo resultado é desconhecido no momento da aposta.
Como resultado, eventos de entretenimento, como novelas, realities shows (como Big Brother Brasil e A Fazenda), premiações (como o Oscar) e o Carnaval, estão fora do escopo permitido para as apostas de quota fixa legalizadas no Brasil. Essa restrição levou as casas de apostas autorizadas no Brasil a deixarem de oferecer palpites financeiros para fãs desses programas.
Antes da nova regulamentação, plataformas chegaram a aceitar apostas em edições do BBB, prevendo eliminações e o campeão, mas isso não é mais permitido.
O assassinato de Odete Roitman, que na versão original de 1988 foi interpretada por Beatriz Segall (1926-2018), é um dos momentos mais emblemáticos da teledramaturgia brasileira. O desfecho da nova versão, que vai ao ar nesta sexta-feira (17), é o foco da investigação policial e das especulações do público.
Na trama atual, o delegado Mauro (Claudio Jaborandy) elegeu cinco suspeitos oficiais do crime:
Todos esses suspeitos tinham motivações fortes e estiveram na suíte da vilã no Copacabana Palace na noite da morte. A arma do crime encontrada pela polícia inclusive continha as digitais de Celina e Heleninha.
Além dos suspeitos oficiais, a audiência aponta para nomes como Leonardo (Guilherme Magon), Dona Nice (Teca Pereira), Eugênio (Luis Salem) e Freitas (Luis Lobianco). Uma pesquisa de opinião da AtlasIntel produzida para a revista Veja revelou que a principal aposta do público (39,1%) era que Odete teria forjado a própria morte.
Na versão original de 1988, o assassino foi revelado como Leila (Cassia Kis). A morte ocorreu por engano, pois Leila, tomada pelo desejo de vingança, pretendia atirar em Maria de Fátima (Gloria Pires), que ela acreditava estar tendo um caso com seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria). No entanto, foi Odete quem estava com Marco Aurélio e acabou sendo atingida.
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Vinícius Andrade
Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news
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