FILMES E SÉRIES

Foto de Bruce Willis em cena de Sin City

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Bruce Willis

Duro de matar: 7 filmes inesquecíveis da carreira de Bruce Willis

Ator anunciou aposentadoria por problemas de saúde; sua carreira foi de astro dos filmes de ação a "ator sério", e ele alcançou algo raro em Hollywood, com grandes sucessos de bilheteria e filmes aclamados pela crítica

Rafael Argemon
Rafael Argemon

Desde que anunciou que vai dar um tempo na sua carreira devido um problema de saúde, Bruce Willis já deixa saudades entre os fãs de cinema. E não só de quem curte um bom filme de ação, já que o ator de 67 anos provou ao longo de sua trajetória que é uma estrela que transcendeu gêneros.

Em um post nas redes sociais, Willis explicou que foi diagnosticado com afasia, uma condição que leva à perda da capacidade de cognição e expressão da fala. “Para os incríveis fãs e apoiadores de Bruce, como família, queríamos compartilhar que nosso amado Bruce está passando por alguns problemas de saúde e recentemente foi diagnosticado com afasia, o que está afetando suas habilidades cognitivas”, informou a postagem. “Como resultado disso e com muita consideração, Bruce está se afastando da carreira tão significativa pra ele”.

Atualmente, a carreira de Willis não estava exatamente em seu melhor momento. Tanto que ele ganhou uma categoria exclusiva na última edição do Framboesa de Ouro, premiação que elege os piores filmes e atuações do ano. Mas isso não mancha de jeito nenhum uma trajetória de imensos sucessos de bilheteria e de crítica como a do ator.

Por isso, mesmo ainda tristes com o anúncio, nós da Tangerina selecionamos aqui sete filmes imperdíveis da carreira dele. Para você ver ou rever aí na sua casa.

Força, Bruce!

Duro de Matar (1988)

Cena do filme Duro de Matar

Melhor filme de ação de todos os tempos, Duro de Matar marcou a carreira de Bruce Willis pra sempre

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Foi aqui que, contra tudo e contra todos, Willis despontou como um astro do cinema de ação na década de 1990. Estrela da TV na série A Gata e o Rato (1985-1989) ao lado de Cybill Shepherd, ele conseguiu ser contratado como protagonista de Duro de Matar com uma jogada genial de seu agente, que ainda conseguiu que ele ganhasse uma fortuna. No final das contas, a aposta no cara nem tão conhecido assim em Hollywood foi certeira. Seu detetive John McClane se transformou em um ícone pop. Na trama, McClane vai até um arranha-céu recentemente inaugurado em Los Angeles para levar os papéis do divórcio para sua ex-mulher, mas acaba tendo de lutar sozinho com um grupo de terroristas que sequestra todo mundo dentro do prédio. O filme dirigido por John McTiernan é tão venerado que se tornou até uma tradição de Natal nos EUA, pois a história se passa durante a festa.
Onde ver: Star+

Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)

Cena do filme Pulp Fiction

Obra-prima de Tarantino foi um ponto de virada na carreira de Bruce Willis, que aproveitou muito bem a sua chance

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Mesmo cercado de várias outras estrelas em papéis que se tornaram ícones da cultura pop, como John Travolta (como Vincent Vega), Samuel L. Jackson (como Jules Winnfield) e Uma Thurman (como Mia Wallace), Willis conseguiu brilhar intensamente na obra-prima de Quentin Tarantino. O papel do boxeador Butch Coolidge trouxe algo novo na carreira do ator. Um tipo de respeito que ele ainda não tinha como o ator versátil que era, mas que ficava preso apenas a filmes de ação. Entre as histórias entrelaçadas do longa, a da redenção de Butch pode não ser a que tenha ficado mais marcada no inconsciente coletivo dos fãs, mas é, certamente, inesquecível. O cativeiro dele e de seu perseguidor, o gângster Marsellus Wallace (Ving Rhames) é extremamente brutal e engraçado. Uma marca registrada de Tarantino.
Onde ver: HBO Max, Globoplay, Telecine Play, Paramout+ e Now / Apple TV, Google Play, Claro Vídeo e Microsoft Store (para alugar)

Os 12 Macacos (1995)

Cena do filme Os 12 Macacos

Com a ótima ficção científica de Terry Gilliam , Willis deu mais um passo rumo ao respeito de Hollywood

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A ficção científica/drama de viagem no tempo do ex-Monty Python Terry Gilliam foi mais um passo certeiro de Willis para consolidar sua imagem como um “ator sério”. Ele deixa suas gracinhas totalmente de lado para viver James Cole, um condenado do ano de 2035 que aceita a missão de voltar no tempo para impedir um maluco de liberar um vírus mortal que dizimou boa parte da população mundial. Só que, ao chegar ao presente, ele é tido como louco e internado em uma instituição. Lá, ele conhece a psiquiatra Kathryn Railly (Madeleine Stowe), que parece ser a única pessoa a acreditar nele. Uma excelente adaptação do curta experimental francês A Pista (1962), em que Willis brilha tanto quando seu colega Brad Pitt, que concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 1996 pelo papel do lunático Jeffrey Goines.
Onde ver: Now e Oi Play / Apple TV e Claro Vídeo (para alugar)

O Quinto Elemento (1997)

Cena do filme O Quinto Elemento

Ficção científica maluca de Luc Besson surpreendeu como um dos maiores sucessos da carreira de Willis

Em 1997, Willis surpreendeu ao protagonizar uma ficção científica do diretor francês Luc Besson. Foi quase que um retorno ao Willis mais brincalhão de A Gata e o Rato. Tanto que fica claro na tela o quanto o ator estava se divertindo ao interpretar Korben Dallas, um taxista do futuro de cabelos platinados. No século 23, Dallas é surpreendido quando uma mulher misteriosa cai em cima de seu taxi que voava pelos céus de Nova York. A partir daí, ele se envolve em uma aventura para salvar a galáxia de um ser demoníaco. Para tal, precisa encontrar quatro pedras, cada uma com um elemento especial, para deter o tal monstro. Sendo que Leeloo (Milla Jovovich), a tal bela garota misteriosa, é o elemento que falta na equação. O Quinto Elemento é uma ficção científica colorida e extremamente divertida, na tradição das HQs europeias, e ficará marcada pra sempre como um dos filmes mais “anos 1990” da década de 1990.
Onde ver: Indisponível em streaming no Brasil no momento

O Sexto Sentido (1999)

Cena do filme O Sexto Sentido

O Sexto Sentido pegou o mundo de surpresa em 1999 e consolidou Willis como um "ator sério"

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O terceiro longa de M. Night Shyamalan pegou o mundo de surpresa em 1999, e, de quebra, deu à Bruce Willis a chance de ser levado mais a sério por Hollywood. O Sexto Sentido é um fenômeno em “todos os sentidos”. Um filme independente que teve a segunda maior bilheteria no mundo naquele ano, atrás apenas de A Ameaça Fantasma, que marcou e retorno do universo Star Wars ao cinema. Willis mostra aqui seu lado mais contido. Algo que ele vinha cultivando desde que trabalhou com diretores mais “respeitados” como Terry Gilliam e Quentin Tarantino. Na trama ele é o traumatizado psicólogo infantil Malcolm Crowe, que acaba atendendo Cole Sear (Haley Joel Osment), um garoto de 8 anos com dificuldades em socializar porque vive com medo. Ao conhecer Malcolm, Cole descobre que o motivo do pânico constante do menino é porque ele vê pessoas mortas.
Onde ver: Star+

Corpo Fechado (2000)

Cena do filme Corpo Fechado

Willis retornou à parceria com M. Night Shyamalan no hoje considerado cult Corpo Fechado

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Após a parceria de sucesso com M. Night Shyamalan em O Sexto Sentido, Willis topou na hora um novo projeto com o diretor. Um filme de super-heróis muito à frente de seu tempo, tanto que não foi tão bem recebido por crítica e público na época. Mas, com o passar do tempo, o longa foi alcançando status de cult e ganhou até uma trilogia, seguido por Fragmentado (2016) e Vidro (2019). Aqui, Willis é David Dunn, um ex-jogador de futebol americano que trabalha como segurança em um estádio da Filadélfia. Até que um trem em que ele está viajando sofre um grave acidente e ele emerge dos escombros como o único sobrevivente da tragédia. Um tempo depois, ao conhecer o dono de uma loja de quadrinhos chamado Elijah Price (Samuel L Jackson), este tenta convencê-lo de que ele tem super poderes. Willis está fantástico como o cara comum que tenta enxergar o quanto é especial, não importa o rumo que sua vida tenha tomado. O primeiro super-herói da classe trabalhadora do cinema, que ele interpreta com uma segurança absurda.
Onde ver: Star+

Sin City: A Cidade do Pecado (2005)

Cena do filme Sin City

Parceria com Tarantino rendeu outro bom fruto para Willis, mesmo que Mickey Rourke tenha roubado a cena

Willis voltou a trabalhar com Tarantino –aqui em parceria com Robert Rodriguez– no estiloso e episódico Sin City. Uma adaptação dos quadrinhos de Frank Miller que colocou o ator como uma de suas maiores estrelas. Hartigan é posicionado como um herói desde o início, quando tenta impedir um assassino de crianças (Nick Stahl) de estuprar e matar a jovem Nancy Callahan (Jessica Alba), e paga caro por isso. Para muita gente, Mickey Rourke pode ter roubado a cena, mas Willis é a espinha dorsal do filme. É Hartigan quem mais ou menos nos apresenta esse mundo violento em preto e branco, e Willis faz um excelente trabalho com sua narração ritmada.
Onde ver: HBO Max, Paramount+, Now e Oi Play / Google Play, Claro Vídeo e Microsoft Store (para alugar)

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Rafael Argemon

Rafael Argemon

Rafael Argemon é criador do perfil O Cara da Locadora no Instagram e também assina uma coluna com o mesmo nome na Tangerina, onde indica as pérolas escondidas nas plataformas de streaming. Cinéfilo e maratonador de séries profissional, passou por Estadão, R7, UOL, Time Out e Huffpost. Apaixonado por pugs, sagu e jogos do Mario.

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