Divulgação/TriStar Pictures
O ator Tony Todd transformou cena em que seu personagem dá um beijo aterrorizante em uma oportunidade de faturar
Clássico do terror, O Mistério de Candyman (1992) aterrorizou o público com uma cena em que o vilão vivido por Tony Todd beija sua principal vítima, a estudante Helen (Virginia Madsen), com a boca cheia de abelhas. Esperto, o ator negociou um contrato em que receberia US$ 1 mil (R$ 5,2 mil, na cotação atual) para cada picada que recebesse durante as filmagens.
“As abelhas eram meus piores inimigos”, admitiu ele em entrevista ao programa Entertainment Tonight para celebrar o aniversário de 30 anos de Candyman. Todd, no entanto, falou que passou a não se importar tanto com os insetos depois que seu advogado fechou o acordo. “Eu não ligava mais. Comecei a falar: ‘Podem vir!’.”
Segundo o ator, ao todo foram 27 picadas, o que lhe rendeu um bom dinheiro –na conversão atual, seria algo em torno de R$ 140 mil, sem considerar a inflação. “Eu tinha um ótimo advogado”, contou, aos risos.
Já Virginia Madsen encarou outro problema: ela é alérgica a picadas de abelha, e a produção teve que manter paramédicos de plantão durante as filmagens para evitar uma crise séria. “E colocaram abelhas bebês em mim, porque me disseram que elas têm uma probabilidade menor de picar você. Mas depois de filmar eu tinha que ficar 25 minutos sentada enquanto o cuidador de insetos as tirava do meu corpo”, lembrou a atriz.
O Mistério de Candyman fez tanto sucesso que iniciou uma franquia. Em 1995, foi lançado Candyman 2 – A Vingança, e quatro anos depois veio Candyman: Dia dos Mortos (1999), os dois com o retorno de Tony Todd como o vilão que dá nome ao terror.
No ano passado, A Lenda de Candyman (2021) ressuscitou a franquia com direção de Nia DaCosta, roteiro de Jordan Peele e com a presença de Yahya Abdul-Mateen II no papel do antagonista –Todd e Virginia fizeram participações especiais.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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