FILMES E SÉRIES

Brendan Fraser em cena de Looney Tunes: De Volta à Ação

(Foto: Divulgação/Warner Bros.)

22 Anos

Clássico dos Looney Tunes é melhor do que a nota faz parecer

O filme foi subestimado no lançamento, mas envelheceu bem, mantém seu apelo e continua divertido para quem entende a proposta

Victor Cierro
Victor Cierro

Nesta sexta-feira (14), o filme Looney Tunes: De Volta à Ação completa mais um aniversário desde sua estreia em 14 de novembro de 2003. O longa chegou aos cinemas como uma mistura de aventura, comédia e caos típico dos personagens, mas acabou recebendo notas mornas da crítica e se tornou um caso clássico de produção subestimada. Duas décadas depois, o tempo mostra que a recepção não fez justiça ao que o filme realmente entrega.

A produção foi idealizada para ser uma diversão leve, totalmente voltada para crianças e para quem cresceu vendo Pernalonga, Patolino e companhia aprontarem sem limites. Ainda assim, muitos críticos avaliaram o longa com expectativas de narrativa séria ou estrutura convencional de comédias para adultos. O resultado dessa leitura enviesada foi uma aprovação de apenas 57% no Rotten Tomatoes, número que nunca refletiu a proposta real da obra.

Rever o filme hoje deixa claro que ele cumpre exatamente o que se propõe. A história acompanha Patolino sendo demitido do estúdio, Brendan Fraser vivendo um segurança atrapalhado e Steve Martin assumindo um vilão tão exagerado que parece ter sido desenhado para dentro do roteiro. É uma aventura absurda, rápida e cheia de gags visuais, mantendo o espírito dos curtas originais dos Looney Tunes que sempre apostaram na comédia física.

Outro ponto ignorado na época foi a ousadia da mistura entre live action e animação, algo que, mesmo após Space Jam, ainda não era uma fórmula totalmente consolidada. O filme aposta em cenários absurdos, perseguições impossíveis e interação constante entre humanos e personagens animados. Em vez de abraçar essa energia, parte da crítica encarou a estética como bagunça, quando na verdade ela é parte essencial do charme.

Coyote e Steve Martin em cena de Looney Tunes: De Volta à Ação

Coyote e Steve Martin em cena de Looney Tunes: De Volta à Ação

(Foto: Divulgação/Warner Bros.)

Looney Tunes merecia mais reconhecimento

A trilogia de acertos do longa também inclui o ritmo acelerado, a trilha exagerada e a liberdade criativa que marca desde as primeiras cenas. Cada sequência abraça o nonsense clássico dos Looney Tunes, e essa fidelidade ao espírito original faz com que a experiência seja mais voltada ao conceito de diversão pura do que a qualquer tipo de realismo. Para quem sabe o que esperar, o filme funciona melhor hoje do que funcionou em 2003.

O público sempre teve uma relação mais positiva com a produção. Apesar de números moderados de bilheteria, muitos espectadores enxergaram o longa como uma viagem nostálgica aos tempos em que os personagens eram sinônimo de caos, humor físico e situações improváveis. Essa recepção ajuda a explicar por que o filme se transformou em uma obra cult dentro do catálogo dos Looney Tunes.

Duas décadas depois, Looney Tunes: De Volta à Ação é visto como um exemplo claro de que notas não determinam o real valor de uma produção infantil. O longa foi subestimado no lançamento, mas envelheceu bem, mantém seu apelo e continua divertido para quem entende que a proposta sempre foi entregar exatamente o que os personagens fazem de melhor. A crítica pode ter pegado pesado, mas o público nunca deixou que o filme fosse esquecido.

Looney Tunes: De Volta à Ação está disponível on demand. Assista abaixo ao trailer do filme:

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Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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