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Icônica torre da Warner Bros., empresa que foi comprada pela Netflix

(Foto: Warner Bros./Divulgação)

Netflix vs. Paramount

Compra da Warner Bros. ameaça desandar e empurra briga para 2026

A Paramount ainda não desistiu e complicou o acordo da Netflix

Victor Cierro
Victor Cierro

A disputa pela Warner Bros. chegou a um novo ponto de tensão e deixou claro que o negócio mais quente de 2025 está longe de ser resolvido. Mesmo após o anúncio de que a Netflix havia vencido a corrida inicial, a Paramount entrou na jogada com uma oferta hostil de US$ 30 (R$ 163) por ação, reacendendo uma batalha bilionária que agora ameaça se arrastar por meses. A negociação, que parecia encaminhada, voltou a ficar completamente em aberto.

Segundo a Bloomberg, a Warner Bros. já trabalha com a projeção de que a definição não acontecerá em 2025, empurrando a conclusão para bem dentro de 2026. A empresa não pretende desistir do acordo com a Netflix, principalmente porque isso exigiria o pagamento de uma multa de US$ 2,8 bilhões (R$ 15 bilhões). Ainda assim, a Paramount segue firme na tentativa de virar o jogo, mesmo que isso signifique prolongar o impasse e elevar ainda mais o valor da compra.

Pouco depois do anúncio da Netflix, que fechou um acordo de US$ 82,7 bilhões (R$ 449 bilhões), a Paramount-Skydance apresentou uma oferta hostil de US$ 108 bilhões (R$ 588 bilhões) para assumir a Warner Bros. Discovery.

O cenário é complexo, porque a Paramount pode estender lances, alterar termos, acionar a Justiça ou até tentar barrar a fusão por meio de disputas regulatórias. Investidores como Mario Gabelli já demonstraram preferência pela proposta da empresa, o que aumenta a pressão sobre os próximos movimentos das gigantes e reforça a disputa política e financeira envolvendo o futuro da Warner Bros.

Negociação da Warner Bros.

Outro ponto de atrito é a avaliação das redes de TV da companhia, que inclui CNN, TBS e TNT. A Warner Bros. estima que essa parte do negócio vale aproximadamente US$ 4 (R$ 21) por ação, enquanto a Paramount considera que não passa de US$ 1 (R$ 5,40). A diferença acentuada trava o avanço das negociações e cria um obstáculo que nenhuma das duas demonstra disposição para ceder no curto prazo.

A Netflix, que não tem interesse nas redes de TV da companhia, ainda tem o direito de igualar ofertas concorrentes, mas enfrenta seu próprio risco. As ações da empresa já caíram 6% desde que aceitou comprar a Warner Bros., o que pode dificultar novos lances em uma disputa que cresce a cada semana. Enquanto isso, sindicatos como SAG AFTRA, WGA e DGA, além de figuras políticas influentes, manifestam preocupações sobre o impacto de um conglomerado tão grande no mercado.

A venda da Warner Bros. se tornou a maior história do entretenimento em 2025 e, ao que tudo indica, dominará 2026 com a mesma intensidade. Entre ofertas hostis, disputas regulatórias, investidores divididos e projeções bilionárias, o destino de um dos maiores estúdios de Hollywood segue indefinido. E cada novo movimento só aumenta a sensação de que a batalha está longe de terminar.

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Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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