Divulgação/Marvel Studios
O caso mostra a importância dos jogos como porta de entrada para novas gerações
Mesmo sendo o rosto mais poderoso da Marvel Studios, Kevin Feige enfrentava um desafio curioso dentro de casa. Seu próprio filho não era exatamente um fã do universo de super-heróis que ele ajudou a construir. A situação mudou graças a um jogo de videogame.
Em entrevista ao site The Wrap, Feige contou que seu filho só despertou interesse real pela empresa depois de jogar Marvel Rivals. O game de tiro é em terceira pessoa com foco em batalhas multiplayer. O título reúne dezenas de personagens do estúdio em partidas caóticas e rápidas.
“O mais engraçado é que ele começou a me perguntar mais sobre a Hela, sobre o Justiceiro e outros personagens”, contou o executivo. “De repente, ele estava indo atrás desses nomes nas séries e nos filmes.”
A fala surpreende porque Kevin Feige comanda o Marvel Studios desde 2007. Ele foi o principal arquiteto por trás da saga do Infinito, que culminou com os megassucessos Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Ultimato (2019). Ainda assim, dentro da própria casa, o fascínio pela Marvel demorou para se consolidar.
O caso mostra a importância dos jogos como porta de entrada para novas gerações de fãs. Ao reunir heróis e vilões de diferentes linhas temporais e franquias, Marvel Rivals funciona como um grande catálogo interativo dos personagens da empresa – de nomes conhecidos como Homem de Ferro a figuras mais obscuras como Magik e Luna Snow.
Desenvolvido pela NetEase em parceria com a Marvel Games, o título ajudou a despertar a atenção nas redes sociais por sua jogabilidade em ritmo acelerado e estilo visual cartunesco, semelhante ao de Overwatch.
O impacto do jogo na vida do filho de Feige pode ser um indício do caminho que a Marvel pretende seguir nos próximos anos: menos “lição de casa” e mais acessibilidade. “É uma forma diferente de mergulhar nesse universo”, resumiu o presidente.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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