(Foto: Divulgação/Disney)
James Cameron mantém o mistério para manter o público engajado em possíveis novos filmes da franquia
Avatar: Fogo e Cinzas encerra sua história com um dos desfechos mais grandiosos e densos da franquia. O terceiro filme de James Cameron amplia o conflito em Pandora ao mesmo tempo em que fecha arcos importantes, deixando pistas claras sobre os rumos que a saga pode seguir nos próximos anos. O resultado é um final carregado de ação, perdas e decisões que mudam o equilíbrio do planeta.
A reta final do filme começa com Jake Sully (Sam Worthington) escapando do cativeiro da RDA e reunindo diferentes clãs para enfrentar a exploração dos tulkun, caçados por causa da amrita. O retorno do protagonista ao Toruk reforça seu papel simbólico como líder, enquanto a união dos Na’vi marca uma tentativa desesperada de retomar o controle de Pandora.
Zoe Saldaña e Sam Worthington em cena de Avatar 3
(Foto: Divulgação/Disney)
A situação se agrava quando o Povo das Cinzas entra no confronto. A chegada do clã liderado por Varang (Oona Chaplin) muda completamente o rumo da batalha, tornando o conflito mais violento e imprevisível. O filme deixa claro que Pandora agora enfrenta ameaças internas tão perigosas quanto os invasores humanos.
Em paralelo à batalha, Kiri (Sigourney Weaver), Spider (Jack Champion) e Tuk (Trinity Jo-Li Bliss) assumem um papel crucial ao se conectarem diretamente a Ewya. A resposta da entidade acontece de forma devastadora, com criaturas marinhas atacando as forças humanas e praticamente eliminando a presença da RDA naquele território.
A sequência reforça a ligação espiritual entre Pandora e seus habitantes e coloca Kiri em um patamar ainda mais central dentro da mitologia da franquia. Suas habilidades seguem envoltas em mistério, mas o filme deixa claro que ela será fundamental para os próximos capítulos da saga.
O final também chama atenção pelo destino indefinido de seus antagonistas. Varang foge após ser confrontada por Kiri e desaparece do campo de batalha, sem que o filme indique seu paradeiro. A saída aberta sugere um retorno da personagem em capítulos futuros.
Oona Chaplin em Avatar: Fogo e Cinzas
(Foto: Divulgação/Disney)
Quaritch (Stephen Lang) vive mais um desfecho ambíguo. Após um confronto direto com Jake, ele se lança no fogo, e o filme evita confirmar sua morte. A decisão mantém o vilão como uma ameaça latente e preserva um dos principais conflitos pessoais da franquia para o futuro.
Entre as perdas mais impactantes está a morte de Ronal (Kate Winslet), que acontece após ela dar à luz durante o clímax da batalha. A cena reforça o peso emocional do conflito e deixa claro que ninguém está protegido das consequências da guerra, nem mesmo personagens centrais.
Ao mesmo tempo, o retorno de Payakan ao convívio de seu povo simboliza reconciliação e mudança. A escolha reforça um dos temas centrais do filme: a necessidade de romper ciclos de violência para garantir a sobrevivência de Pandora.
Nos momentos finais, Kiri e Spider visitam o local onde estão conectados os mortos, incluindo Grace Augustine (Sigourney Weaver) e Neteyam (Jamie Flatters). A cena funciona como despedida e reflexão, desacelerando o ritmo após o caos da batalha.
Kiri (Sigourney Weaver) e Spider (Jack Champion) em Pandora
(Foto: Divulgação/Disney)
O futuro de Pandora, porém, permanece em risco. A revelação de que Spider consegue respirar a atmosfera do planeta abre um precedente perigoso para a humanidade e pode facilitar uma nova tentativa de colonização. Com vilões vivos, novos clãs apresentados e personagens jovens ganhando protagonismo, Avatar: Fogo e Cinzas encerra sua história apontando para uma nova fase da saga, em que o destino de Pandora segue longe de estar definido.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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