House of the Dragon: Produtor culpa TV do público por episódio escuro

A primeira temporada de House of the Dragon chegou ao fim no domingo (23) com muitos elogios do público. O sétimo episódio, porém, foi bastante criticado por ser escuro demais, a ponto de ser impossível enxergar algumas das cenas. O showrunner Ryan Condal, porém, se isentou da culpa. Para ele, a escuridão é um problema no televisor de quem assiste –mesmo que sejam milhões de pessoas reclamando disso.

Em entrevista ao Deadline, o produtor declarou que ser atacado pelos fãs da série é “um rito de passagem” para quem trabalha com a franquia Game of Thrones (2011-2019) —que também já tinha sido criticada por exibir episódios escuros. Na sequência, ele falou sobre a escuridão do sétimo capítulo.

“A diferença entre fazer televisão e cinema é que, quando você roda um filme, você calibra o que está fazendo, o arquivo mestre idealizado para a experiência em uma sala de cinema. Você sabe que vai ser exibido em um ambiente calibrado profissionalmente, operado por um projecionista profissional em um sistema de som profissional”, começou.

“O problema na televisão é que você faz tudo isso, você grava a série com equipamentos que custam milhões de dólares. Você faz o arquivo perfeito em um ambiente perfeito e um equipamento excelente, totalmente calibrado por profissionais. E aí você o entrega para o mundo, e ele vai ser exibido em dezenas de milhões de televisores diferentes, com tecnologias diferentes, calibrados diferentemente e em ambientes diferentes. É impossível levar em conta todas essas variáveis quando se faz uma série”, se esquivou.

Condal ressaltou, porém, que ouviu as reclamações do público e vai levá-las em conta no futuro. “Mas eu só queria dizer que o episódio tinha um visual fenomenal quando nós o entregamos. E estava ótimo também na minha televisão, que foi calibrada profissionalmente”, entregou, aos risos.

Mesmo com as cenas escuras, a primeira temporada de House of the Dragon está disponível completa na HBO Max. O segundo ano deve estrear apenas em 2024.