James Gunn mente e exagera na escala de Superman; entenda

James Gunn afirmou que não queria exagerar na escala de poder do novo Superman. Mas quem já viu o filme percebeu que essa promessa ficou longe de ser cumprida. O longa apresenta feitos quase divinos — protagonizados tanto pelo herói quanto por seus aliados e vilões.

Logo de cara, Lex Luthor (Nicholas Hoult) se revela mais perigoso do que nunca. Em uma de suas experiências extremas, o vilão recria o Big Bang, o evento cósmico que deu origem ao universo. A criação impressionante coloca o personagem em um patamar de ameaça que rivaliza com os maiores antagonistas do cinema.

Superman (David Corenswet), por sua vez, protagoniza uma das cenas mais comentadas do filme: ele mergulha em um rio de antimatéria e sobrevive. Trata-se de uma sequência que extrapola os limites da ciência e transforma o herói em algo quase mitológico — contrariando diretamente a ideia de “poder contido” que James Gunn havia prometido.

A DC de James Gunn

Outro destaque é Metamorfo (Anthony Carrigan), que literalmente cria um sol com as próprias mãos perto o clímax da história. A cena não apenas é simbólica — reforçando a temática de esperança — como também adiciona mais um nome à lista de seres absurdamente poderosos do novo universo da DC.

Esses eventos colocam em dúvida o discurso de James Gunn sobre uma abordagem “mais pé no chão”. O próprio diretor havia dito que queria um Superman mais humano e acessível, mas o resultado final vai em direção oposta.

O novo filme marca a estreia oficial do DC Studios nos cinemas. Apesar das contradições, a recepção tem sido positiva, com elogios à construção emocional dos personagens e ao escopo épico da narrativa.

Mas fica o aviso: se isso é o que James Gunn chama de “sem exagero”, o público pode esperar um verdadeiro apocalipse nos próximos filmes do estúdio. A mudança na história de origem do Superman também indicou isso.