Em ano de declínio, Marvel ainda consegue ser melhor do que a DC

Os super-heróis estão em declínio em Hollywood e 2023 provou este fato. Os filmes da DC e Marvel não intrigaram, e grande parte deles fracassou no quesito bilheteria. Mesmo com um ano mais fraco do que o comum, a empresa dos Vingadores ainda conseguiu entregar um melhor conteúdo que sua rival. E a estreia de Aquaman: O Reino Perdido não vai mudar isso.

Em meio à reformulação, a DC usou 2023 para divulgar os últimos filmes desta linhagem malsucedida. Além das tramas clichês e decepcionantes, as produções não tinham nada a oferecer ao público, pois o universo inteiro está passando por um reboot. Shazam! Fúria dos Deuses (2023) arrecadou apenas US$ 133 milhões (R$ 655,2 milhões), enquanto The Flash (2023) somou US$ 270 milhões (R$ 1,3 bilhão) de bilheteria.

Sua maior rival, que também está passando por um momento delicado, também lançou dois filmes nas telonas. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023) faturou US$ 476 milhões (R$ 2,3 bilhões) e Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023) ganhou US$ 845 milhões (R$ 4,1 bilhões) de bilheteria. Mesmo com uma vantagem em relação a DC, o ano da Marvel ficou abaixo do padrão da empresa.

Fora do quesito bilheteria, a Marvel também teve um ano superior ao da DC. A empresa da Liga da Justiça insistiu em lançar um filme recheado de polêmica e sem nenhuma relevância: o Flash. Em Shazam! 2, o estúdio provou sua incompetência mais uma vez com uma história cheia de furos e pouco atraente.

No outro lado da cerca, a Marvel errou tão feio quanto a DC em Homem-Formiga 3. O que poderia ser um filme impactante, por conta da apresentação de Kang (Jonathan Majors) nas telonas, se tornou uma história arrastada e um filme frustrante para os fãs de super-heróis.

Os acertos da Marvel

Karen Gillan, Chris Pratt e Dave Bautista em Guardiões da Galáxia Vol. 3

Divulgação/Marvel Studios

Mesmo sem alcançar a marca de US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) com apenas um filme, o estúdio dos Vingadores pode se orgulhar de 2023. Neste ano, a Marvel produziu duas de suas melhores tramas de todos os tempos. Nas telonas, James Gunn deu adeus à gigante de Hollywood em Guardiões da Galáxia 3. E, no Disney+, Tom Hiddleston encerrou uma jornada incrível de mais de 10 anos na série Loki.

Guardiões da Galáxia Vol. 3 vai ficar eternizado com um dos melhores filmes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). A conclusão da trilogia não só encerrou esse capítulo para os heróis, mas também para Gunn. O cineasta se tornou o chefão da DC e promete rivalizar com sua antiga empregadora nos próximos anos.

A história emocionante, as lutas épicas, os momentos comovente e, claro, a trilha sonora de arrepiar transformaram o terceiro filme no melhor da franquia. Em um momento de conclusão, todos os personagens tiveram espaço para brilhar e fazerem o que sabem de melhor.

No streaming, a Marvel também alcançou um patamar extraordinário. A segunda temporada de Loki não só aprofundou as questões do multiverso, mas também honrou um arco de 12 anos de Tom Hiddleston como o Deus da Trapaça. A série contou com uma atuação de tirar o chapéu do protagonista e a química exuberante entre o irmão do Thor (Chris Hemsworth) e o personagem de Owen Wilson.

Apesar de ter deixado a história de Loki (Hiddleston) em aberto, a série desempenhou seu papel com perfeição. A segunda temporada apresentou uma nova variante de Kang e deixou o futuro de Majors em aberto na Marvel. O estúdio acertou em cheio nesta produção!

Em busca de competir com a Marvel, a DC tem mais um lançamento em 2023. Aquaman: O Reino Perdido estreia em 20 de dezembro nos cinemas. O filme com Jason Momoa é o último de sua linhagem. Gunn vai fazer um reboot por completo e começar a história do universo da Liga da Justiça do zero.

Assista abaixo ao trailer de Aquaman 2:

Trailer de O Reino Perdido

Patrick Wilson e Jason Momoa em cena de Aquaman 2