Um Filme Minecraft escancara grande problema no cinema; entenda

Com apenas uma semana em cartaz, Um Filme Minecraft já é a terceira maior bilheteria de 2025. O feito é impressionante para um longa baseado no game de blocos pixelados. No entanto, o sucesso estrondoso veio acompanhado de um efeito colateral barulhento: o caos nas salas de cinema.

A adaptação segue a tendência cada vez mais comum de transformar jogos e franquias famosas em superproduções. Mas funciona? Do ponto de vista financeiro, sem dúvida. Os estúdios jogam todas as suas fichas no reconhecimento da marca, no fator nostalgia e em piadas que fazem sentido apenas para quem cresceu nesse universo. No caso de Minecraft, o alvo é claro: a geração TikTok.

E é aí que começa o problema. A plateia mais jovem parece levar o clima do jogo para a vida real — e para dentro das salas de exibição. Em cenas específicas, como a do chicken jockey (um dos mobs mais icônicos do game), adolescentes pulam da cadeira, jogam pipoca para o alto, gritam e gravam tudo com o celular. Nos Estados Unidos, o comportamento virou caso de polícia: diversas sessões foram interrompidas por confusões causadas pelo público.

Minecraft segue tendência

O filme é só mais um exemplo de como o cinema virou palco para experiências sociais desenfreadas, alimentadas por trends e likes. Não importa se o filme é bom. O que vale é o momento, o vídeo e o engajamento. E, enquanto isso, quem ainda quer apenas assistir a um filme em paz acaba virando figurante dessa bagunça.

O elenco reflete essa mistura de nostalgia com influência digital. Jason Momoa lidera a aventura como o herói quadradão, enquanto Jack Black empresta sua energia caótica ao vilão da vez. Emma Myers, estrela de Wandinha, também aparece no grupo principal, junto com Danielle Brooks (Peacemaker) e até Matt Berry, que virou queridinho nas redes com What We Do in the Shadows.

O fenômeno de Um Filme Minecraft escancara o que 2025 tem oferecido nos cinemas: poucos riscos e muitas fórmulas. Fora o chinês Ne Zha 2, os líderes de bilheteria do ano são Capitão América 4, Branca de Neve e a adaptação do game de blocos — todos reciclados de algo que já veio antes.