(Foto: Divulgação/Netflix)
Com Gillian Anderson e Lena Headey, produção de 7 episódios foi vista como arrastada e superficial
A série de faroeste Os Abandonados (The Abandons), criada por Kurt Sutter (de The Shield e Sons of Anarchy), estreou nesta quinta-feira (4) na Netflix. A trama é ambientada no Território de Washington em 1854, e acompanha a intensa rivalidade entre duas famílias matriarcais que disputam o controle da cidade fronteiriça fictícia de Angel’s Ridge.
De um lado da disputa, está Constance Van Ness (Gillian Anderson), uma viúva influente e abastada que comanda os interesses de mineração da região. Sua ambição envolve a busca por riqueza, especialmente por uma veia de prata que pode se estender pela propriedade de sua adversária.
Do outro lado do conflito, encontra-se Fiona Nolan (Lena Headey), uma irlandesa devota e a líder de uma família não convencional, formada por órfãos e excluídos, que lutam para defender o que lhes pertence. Fiona, em muitos aspectos, é o oposto da mulher que mais despreza.
O elenco inclui Nick Robinson, que interpreta Elias, um dos filhos adotivos de Fiona, e Aisling Franciosi, que dá vida a Trisha, a filha de Constance. Elias e Trisha podem estar iniciando um romance proibido, dado o atrito entre suas famílias.
Outros atores são Diana Silvers (Dahlia Teller), Lucas Till (Garret), Toby Hemingway (Willem), Lamar Johnson (Albert) e Natalia del Riego (Lilla Belle). A rivalidade entre os clãs se intensifica após um ataque noturno na terra de Fiona, evento que cria situações que ameaçam a estrutura de Angel’s Ridge.
Apesar de contar com um elenco estelar, formado por atrizes renomadas que têm reputação por interpretar mulheres fortes, a produção não conseguiu conquistar a crítica especializada. No agregador de avaliações Rotten Tomatoes, a série registra uma aprovação baixa nesta quinta-feira (4), de apenas 29%. Muitos críticos apontam que, mesmo com as performances poderosas de Gillian Anderson e Lena Headey, a obra não consegue manter um impulso narrativo significativo.
A Variety classificou a série como uma visão “frustrante” e incompleta do faroeste, sentindo que o projeto estava “estranhamente superficial e comprimido”. Já o The Hollywood Reporter considerou a produção “decepcionante” e superficial, alegando que ela “abandona seu potencial” por parecer ter sido esvaziada de seus elementos mais distintivos.
Por sua vez, o Collider criticou o ritmo, descrevendo o faroeste como “arrastado” devido à cadência lenta e ao foco desigual da trama. E notou que o produto final, que foi remontado após a saída do criador Kurt Sutter, não consegue se sustentar apenas com as habilidades das protagonistas –Sutter deixou o projeto devido a divergências criativas com a Netflix; a empresa teria solicitado mudanças depois das versões preliminares dos primeiros capítulos.
Vinícius Andrade
Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news
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