Divulgação/Paramount+
A Paramount tem alguns lançamentos-chave prontos para o cinema mesmo com as greves que paralisaram Hollywood
Mesmo com duas greves simultâneas que estão transformando Hollywood em um verdadeiro caos, a Paramount não parece estar preocupada com os efeitos das paralisações em suas produções. De acordo com o CEO Bob Bakish, o selo já tem grandes produções prontinhas para saírem do forno nos próximos meses, e a única coisa que precisará ser revista será a maneira de divulgar essas atrações.
De acordo com o Collider, Bakish falou em uma reunião com acionistas da empresa sobre filmes como Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, e A Quiet Place: Day One, prelúdio de Um Lugar Silencioso, que já estão prontos e serão lançados apesar da paralisação que assombra as grandes produtoras.
“No que diz respeito ao nosso calendário de filmes, a boa notícia é que temos um número significativo de produções concluídas”, afirmou o CEO. “Isso inclui Assassinos da Lua das Flores, Bob Marley, IF de John Krasinski, A Quiet Place: Day One e Dear Santa, com Jack Black. Também temos o musical de Meninas Malvadas para o Paramount+. As greves apresentam alguns desafios de marketing, algo que estamos avaliando em relação à nossa estratégia de lançamento, mas, novamente, estamos bem abastecidos.”
“Então, do ponto de vista do conteúdo, estamos em boa forma. Mais uma vez, tudo se resume à duração. E quero reiterar que estamos esperançosos de que possamos resolver isso como uma indústria mais cedo ou mais tarde, porque todos nós gostaríamos de voltar ao negócio de produção de conteúdo. Mas, no curto prazo, estamos trabalhando para mitigar os danos e o impacto aos nossos consumidores e outros constituintes”, acrescentou.
Desde 1º de maio, os roteiristas pararam em Hollywood e, em julho, os atores acompanharam a classe e também entraram em greve. A união oficial de atores e roteiristas no piquete é rara: as duas classes não cruzavam os braços ao mesmo tempo desde 1960.
As principais exigências das duas categorias giram em torno da utilização de ferramentas de inteligência artificial para substituir o trabalho humano e da remuneração em trabalhos para o streaming.
Antigamente, equipes de filmes e séries ganhavam os chamados residuais, direitos autorais e de imagem, toda vez que a produção era exibida na TV. No streaming, esse cálculo é mais complexo, já que não há uma grade pré-definida e cada um pode ver o que desejar, na hora que quiser.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
Ver mais conteúdos de Giulianna MunerattoTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
Ainda não tem uma conta?