Divulgação/Netflix
Apesar de os quadrinhos de Sandman contarem com citações ao universo da DC nos primeiros volumes, atração do streaming segue caminho diferente
Lançada na sexta-feira (5) pela Netflix, Sandman adapta os famosos quadrinhos de Neil Gaiman para a TV com muita fidelidade. Algumas coisas, porém, foram alteradas para a série, inclusive a conexão da história com os personagens da DC Comics. E o próprio criador da HQ tratou de explicar por que a mudança teve de ser feita.
“Os quadrinhos de Sandman começaram no universo da DC, mas acabaram sendo levados para um lugar próprio. O mundo da HQ se juntou cada vez mais com o nosso mundo e se tornou cada vez menos parte de um mundo um que combatentes do crime com seus trajes voam por aí. Isso significa que, quando Sandman chegou ao fim, ela tinha uma estética própria que não era mais parte da universo da DC”, justificou ele em conversa com a Variety.
É por isso que a primeira temporada da série da Netflix, que adapta os volumes 1 e 2 de Sandman: Prelúdios & Noturnos e Casa de Bonecas, não mostrou John Dee (David Thewlis) no Asilo Arkham, ou que o detetive sobrenatual John Constantine foi transformado em Johanna Constantine (Jenna Coleman).
Para Neil Gaiman, também era importante separar os universos logo de cara para não deixar o público que não leu a HQ na expectativa de que, mais para a frente, interações com personagens mais conhecidos da DC Comics poderiam acontecer. “Se o Dr. Destino aparecesse na série, algumas pessoas poderiam se perguntar se a Liga da Justiça ia dar as caras também. E, bem, não. Aquele grupo se desfez em 1996, e nós não vamos trazer a Liga da Justiça de 1988 de volta”, sentenciou.
O autor também ressaltou que, apesar do momento tumultuado que a DC atravessa, isso não influenciou a decisão de separar Sandman dos heróis da editora. O fato de a série ser uma produção da Netflix, e não da HBO Max, também não foi um fator decisivo para as mudanças na atração.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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