FILMES E SÉRIES

Tenoch Huerta é o novo Namor da Marvel

Divulgação/Disney

TENOCH HUERTA

Novo astro da Marvel é fã de Wagner Moura e quebrou sigilo absoluto

Durante passagem pelo Brasil, Tenoch Huerta falou sobre o futuro de Namor no MCU e sobre espaço de artistas latinos em Hollywood

Luciano Guaraldo

Lançado há pouco mais de um mês, Pantera Negra: Wakanda para Sempre já se tornou a quinta maior bilheteria de 2022 e transformou Tenoch Huerta em um nome conhecido no mundo todo. Intérprete do mutante Namor, o galã mexicano é fã do brasileiro Wagner Moura e, no melhor estilo Tom Holland, não é muito bom em guardar segredo. Ele, inclusive, admitiu que já contou coisas que não devia sobre a Marvel.

“Para ser bem sincero, não consigo guardar segredos muito bem. Mas meus amigos conseguem (risos). Contei para eles que ia ser o Namor muito antes do anúncio oficial. Eles falaram para mim: ‘Cara, você não devia ter nos falado isso’. Tenho sorte de ter amigos muito leais, porque sou terrível mentindo”, revelou o astro durante visita ao Brasil para participação na CCXP22.

Sincerão, Huerta também admitiu que sua escalação foi baseada em uma mentira –ou, melhor dizendo, uma “pequena” distorção da verdade. “Ryan Coogler [diretor e roteirista do filme] me ligou, contou que estava planejando Pantera Negra 2 e que queria apresentar Namor no filme. Aí ele falou que conhecia o meu trabalho e que tinha pensado em mim para o papel. Quando ele me perguntou se eu sabia nadar, disse que nunca tinha me afogado, o que não é mentira (risos).”

Depois de ser confirmado como Namor, Huerta decidiu fazer aulas de mergulho para não dar vexame durante as filmagens. “Aprendi a nadar e a flutuar no México. E, em Atlanta, nos deram aulas de mergulho livre. Estudei com um colombiano que me ensinou toda a técnica para ficar embaixo d’água. No fim, saber nadar não era tão importante quanto segurar a respiração. E eu consegui ficar cinco minutos embaixo d’água”, ressaltou.

O processo de gravação das cenas submarinas foi puxado, mas Tenoch Huerta encontrou um ponto positivo na experiência. “Nós fazíamos uma, duas tomadas, subíamos para respirar, descansávamos cinco minutos e depois descíamos de novo. Era como uma meditação, eu recomendo. Mas primeiro aprenda a nadar (risos)”, compartilhou ele, que valorizou o trabalho de uma colega de elenco. “A Mabel [Cadena] conseguiu ficar oito minutos já na primeira vez que ela entrou na água. Ela é uma mulher fantástica, e Namora também é uma personagem incrível.”

Defensor da cultura latina, o novo galã da Marvel confessou sua paixão pelos brasileiros. “Eu quero me mudar para o Brasil, me senti muito em casa aqui. Você se sente próximo, porque a população é muito parecida, inclusive a cidade [de São Paulo], me sinto em casa. É uma sensação bonita descobrir que há milhares de quilômetros na distância geográfica, mas que no fundo somos tão próximos.”

O ator, inclusive, apontou um brasileiro como uma inspiração para artistas latinos que sonham com Hollywood. “Wagner Moura faz um trabalho fantástico, o que ele tem feito nos abriu muitas portas. Assim como Diego [Luna], Gael [García Bernal] e outros atores e diretores da América Latina, Wagner nos mostrou que podemos chegar lá com um trabalho de qualidade. Se você fizer bem o seu trabalho, vai ajudar outras pessoas a confiarem que também podem fazer bons trabalhos e que podemos contar qualquer tipo de história.”

E qual é o próximo passo de Namor na Marvel? Quando os fãs podem esperar para ver Tenoch Huerta mergulhar novamente nas telonas? “Não sei nada sobre o futuro, isso vai depender de Kevin Feige e do Grande Rato [Disney] (risos). São eles que decidem tudo. Mas se acontecer [um novo filme], vou ficar muito feliz de voltar a usar aqueles shortinhos e a entrar na água.”

Como a arrecadação de Pantera Negra 2 já passou dos US$ 770 milhões (R$ 4 bilhões) e superou até Thor: Amor e Trovão nas bilheterias mundiais, parece óbvio imaginar que Namor e os habitantes de Wakanda retornarão para novas aventuras. Talvez uma que coloque o governante de Talocan no posto de herói em vez de uma ameaça a ser combatida –já que o próprio Tenoch Huerta se recusa a chamá-lo de vilão.

“Não creio que Namor seja um vilão. Talvez um anti-herói, mas ele só quer proteger seu povo. A pergunta se ele é vilão ou não fica para o espectador. Nós fazemos perguntas e não damos respostas. Você assiste, vai para sua casa e decide o que acha”, apontou ele. “As motivações de Namor são tão humanas, tão simples, mas ainda assim profundas. Qualquer pessoa poderia fazer igual na mesma situação. São muitas camadas pouco comuns, que se conectam com o público de maneira muito mais poderosa. Ryan Coogler já tinha feito isso no primeiro Pantera Negra, com Killmonger [Michael B. Jordan]. Como ator, esse é o tipo de filme do qual você deseja participar”, finalizou.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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