FILMES E SÉRIES

Woody Allen em entrevista à CBS News

Reprodução/CBS News

DECADENTE

‘Rei de Nova York’, Woody Allen se aposenta com filme em francês

Famoso por retratar a ilha de Manhattan de maneira única, Woody Allen deve se despedir do cinema com longa rodado em Paris

Luciano Guaraldo

Conhecido por seus filmes que retratavam Nova York de maneira única, Woody Allen deve se aposentar com um longa falado em francês e rodado em Paris. O cineasta viu sua carreira entrar em declínio depois que as antigas acusações de abuso envolvendo sua filha adotiva Dylan Farrow voltaram a estampar manchetes de jornais.

Em entrevista à publicação francesa Le Journal du Dimanche, o diretor repetiu o que já havia dito durante um bate-papo com Alec Baldwin no Instagram: que pensa em largar o cinema em breve. “O próximo vai ser meu 50º filme. Talvez seja o meu último”, discursou o prolífico cineasta de 86 anos, que escreveu e dirigiu praticamente um filme por ano entre as décadas de 1960 e 2010.

Ao jornal francês, Woody Allen afirmou que deve se mudar para Paris em setembro para rodar o próximo longa. Ele disse que o elenco será local e que a produção será totalmente falada em francês –ao contrário do sucesso Meia-Noite em Paris (2011), que foi rodado na capital do país mas contava com um elenco de várias nacionalidades e era falado em inglês.

“Eu tenho ótimas lembranças da cidade de quando filmei Meia-Noite em Paris. Amo muito a cidade e a visitei com frequência, descobrindo lugares mágicos todas as vezes”, elogiou ele, que ganhou um Oscar de roteiro original pela produção estrelada por Owen Wilson.

Nos últimos anos, Woody Allen viu a demanda por novas produções feitas por ele praticamente sumirem. Em 2019, a Amazon abriu mão do contrato de US$ 80 milhões firmado com o diretor para a produção de séries e longas. No ano seguinte, a editora Hachette cancelou a publicação de um livro de memórias oficial do cineasta previamente anunciado.

O último longa-metragem dirigido pelo diretor foi O Festival do Amor (2020), lançado em circuito restrito nos Estados Unidos. O filme estreou sem grandes alardes e fez meros US$ 1,7 milhões (R$ 8,9 milhões) de bilheteria em todo o mundo, de acordo com o Box Office Mojo.

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QUEM FEZ

Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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