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Montagem com consoles Xbox One

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De The Witcher a Resident Evil: Os 20 melhores jogos do Xbox One

Com o Xbox Game Pass, o Xbox One oferece uma enorme oferta de jogos. A Tangerina lista as melhores experiências que você pode ter com o console da Microsoft

Jessica Pinheiro
Jessica Pinheiro

Lançado em 2013, o Xbox One se tornou, durante a última década, a principal plataforma da Microsoft, com inúmeras versões, incluindo o mais compacto Xbox One S e o poderoso Xbox One X, capaz de rodar jogos em resolução 4K. Tudo isso é embalado pelo serviço Xbox Game Pass, que oferece um catálogo de jogos por uma mensalidade fixa, o que garante aos marinheiros de primeira viagem uma oferta enorme a um preço acessível. Mas a grande quantidade de opções cria outra dificuldade: como encontrar os melhores jogos para o Xbox One?

Se você não sabe por onde começar, a Tangerina te ajuda: separamos, sem ordem específica, os 20 melhores jogos do Xbox One. Aqui, você vai conferir as principais experiências para a plataforma da Microsoft, independentemente do gênero ou do orçamento e estrutura envolvidos na produção.

Com o Game Pass e a compatibilidade com gerações anteriores dos consoles da Microsoft, a expectativa é de que o Xbox One ganhe jogos inéditos nos próximos anos, mesmo com a chegada de seus sucessores, o Xbox Series X e o Xbox Series S. Portanto, esta curadoria será permanente, com mudanças nesta seleção ao longo da vida útil dos novos consoles da Microsoft. 

Muitos desses jogos podem estar disponíveis no Xbox Game Pass, que também tem uma lista própria em constante atualização.

Ori and the Will of the Wisps

Cena de Ori and the Will of the Wisps

Belo e cativante, Ori and the Will of the Wisps é um dos melhores do Xbox

Divulgação/Xbox

Ori and the Will of the Wisps expande e melhora tudo o que seu antecessor Ori and the Blind Forest apresentava. Como uma sequência direta, o jogo de plataforma 2D e exploração ao estilo Metroidvania continua a aventura do espírito titular Ori, agora acompanhado da jovem coruja Kun.

Após voarem juntos e caírem acidentalmente na ilha corrompida de Niwen, Ori e Kun são separados e precisam, primeiramente, reencontrar-se para depois descobrir uma forma de voltar para a floresta de Nibel, onde viviam pacificamente.

Com um mapa três vezes maior, ainda mais colecionáveis, o dobro de habilidades e uma narrativa ainda mais tocante do que a do primeiro jogo, Ori and the Will of the Wisps é uma aventura obrigatória para os donos de Xbox One. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Aborda de forma belíssima temas como família, amizade, destino, natureza e luz e trevas sem cair em maniqueísmos. 

Dois pelo preço de um: Extremamente recomendado para quem gosta de animações do estúdio Ghibli, em especial Meu Amigo Totoro e Princesa Mononoke.

Presta atenção, freguesia: Não é obrigatório ter jogado Blind Forest antes de embarcar em Will of the Wisps, mas a experiência é ainda melhor caso o tenha feito.

Forza Horizon 5

Imagem promocional de Forza Horizon 5

Forza Horizon 5 leva festival de corrida ao México

Divulgação/Xbox

Jogar Forza Horizon 5 é como sair em uma viagem sem hora para acabar. Ao longo de cinco jogos, a Microsoft aperfeiçoou ao máximo seu jogo de corrida para entregar prazer na simples atividade de acelerar um carro sem objetivo, sem rumo e em qualquer direção.

Como manda a tradição da série de jogos de corrida, o destino da vez é o México, cuja topografia acidentada e climas variados são perfeitos para navegar pelos mais diversos tipos de terreno, com selvas litorais, desertos e até mesmo montanhas nevadas, tudo com um nível de detalhe visual de altíssima qualidade.

Essa abundância de biomas é perfeita para os vários tipos de atividades existentes em Forza Horizon 5, que reúne corridas na pista e off-road em uma espécie de Lollapalooza do automobilismo.

Por trás dos gráficos e do clima festivo, Forza Horizon é também um dos mais acessíveis jogos de corrida existentes no mercado, pois consegue atender a todo tipo de público, com um sistema que pode agradar quem nunca pisou em um acelerador na vida, como também apresentar opções que aumentam o realismo no comportamento do carro, deixando o jogo ao gosto dos entusiastas por esportes a motor. – Bruno Silva

Leva que tá doce: O aspecto que mais se sobressai em Forza Horizon 5 é sem dúvida o visual, que brilha tanto nos cenários quanto na coleção de carros existente no jogo, mas vale a pena também ficar de olho no som, da trilha sonora ao ronco dos motores.

Dois pelo preço de um: Forza Horizon é um jogo de corrida obrigatório para quem quer se divertir com o gênero sem muito compromisso, algo que os fãs de Need for Speed devem sentir falta. Mas também é recomendado para quem curte games de mundo aberto que convidam à exploração.

Presta atenção, freguesia: O sistema de criação de personagem em Forza Horizon 5 é o mais respeitoso da história da franquia em relação à diversidade, com opções que vão desde membros prostéticos para pessoas com deficiência até a escolha de pronomes.

Hellblade: Senua’s Sacrifice

Cena de Hellblade: Senua's Sacrifice

Hellblade é jogo de ação que levanta questões sobre saúde mental

Divulgação/Xbox

Em Hellblade, você guia a guerreira celta Senua em uma viagem brutal até o inferno viking para lutar pela alma de seu falecido amor. 

Hellblade: Senua’s Sacrifice traz um combate desafiador, visuais estonteantemente macabros e um trabalho de edição e mixagem de áudio ímpares. Tudo para evocar o máximo de imersão possível durante a jornada do jogador através dos surtos de fúria melancólica e da mente deteriorada da protagonista. 

É uma combinação única de aventura cinematográfica comum nos videogames atuais com temas de saúde mental, pouco abordados em títulos de alto orçamento. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Protagonista feminina complexa, emotiva e destemida. Acompanhar as fases do luto de Senua é impactante.

Dois pelo preço de um: Recomendado se você gostou da abordagem sobre saúde mental em Psychonauts 2; da temática, ação e ambientação viking de God of War (2018); ou da melancólica experiência de Gris por meio das fases do luto.

Presta atenção, freguesia: O desenvolvimento de Hellblade: Senua’s Sacrifice foi feito em colaboração com neurocientistas e pessoas que sofreram de psicoses.

Doom Eternal

Cena de Doom Eternal

Em Doom Eternal, você vai destruir todos os demônios no seu caminho

Divulgação/Bethesda

Enquanto a maioria dos jogos de tiro em primeira pessoa atuais abraçam um estilo mais tático e cadenciado, Doom Eternal segue a cartilha que consagrou seus antecessores e ajudou a fundar o gênero, no início dos anos 1990: a melhor estratégia é partir pra cima.

A premissa do jogo é simples: na pele de um soldado que precisa salvar a Terra de uma invasão de criaturas do inferno, você vai destruir e decepar demônios como se não houvesse amanhã. E a desenvolvedora id Software trabalha para que essa atividade seja feita da forma mais prazerosa possível.

De certa forma, Doom Eternal é o equivalente digital de descontar a raiva em um saco de pancadas, já que você não precisa poupar forças contra nada em seu caminho. À medida que a aventura avança, as coisas vão até ficando mais complexas nos combates e na travessia dos cenários, mas a mentalidade de partir agressivamente para cima de seus inimigos permanece. – Bruno Silva

Leva que tá doce: É a representação moderna de um clássico dos videogames, que cria uma fantasia de poder diferente da maioria dos jogos de tiro atuais.

Dois pelo preço de um: Doom Eternal é o tipo de jogo perfeito para quem gosta de jogar GTA destruindo tudo até pegar as seis estrelas da polícia.

Presta atenção, freguesia: Inspirada no thrash metal, a trilha sonora de Mick Gordon traz a injeção perfeita de adrenalina para a ação desenfreada existente em Doom Eternal. Não à toa, músicas como “The Only Thing They Fear is You” transcenderam o jogo e acompanham memes e vídeos de TikTok internet afora.

Outer Wilds

Cena de Outer Wilds

Outer Wilds recompensa a curiosidade ao explorar o espaço

Divulgação/Annapurna Interactive

Você é um alienígena partindo em sua primeira expedição rumo ao espaço. Sua espécie segue os passos de uma civilização antiga que misteriosamente desapareceu, mas deixou vários vestígios ao redor do seu sistema solar. 22 minutos se passam, o Sol no qual todos os planetas ao redor orbitam explode… e você retorna ao ponto de partida.

Dentro deste loop, a sua tarefa em Outer Wilds é entender o que está acontecendo neste universo e, talvez, encontrar uma maneira de quebrar o ciclo. Ir além da sinopse neste game independente é estragar as surpresas, mas Outer Wilds guarda uma jornada cheia de mistérios.

Este jogo independente é capaz de despertar uma profunda empolgação ao descobrir uma pista-chave para os segredos do universo, mesmo que ela tenha vindo enquanto você está completamente perdido. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Outer Wilds é uma curta e excelente aventura cheia de viradas e descobertas que farão você se sentir maravilhado ao explorar um sistema solar cheio de segredos.

Dois pelo preço de um: O loop temporal e a característica não-linear de exploração do jogo fazem de Outer Wilds um filho bastardo de The Legend of Zelda: Majora’s Mask com jogos no estilo metroidvania.

Presta atenção, freguesia: Embora os mistérios sejam ótimos, os controles da nave e da roupa espacial em gravidade zero são um pouco complicados de aprender. Vale treinar um pouco na sala inicial, no primeiro planeta, para se habituar.

Sekiro: Shadows Die Twice

Cena de Sekiro: Shadows Die Twice

Sekiro traz combate desafiador no Japão feudal

Divulgação/Activision

Não se engane achando que Sekiro: Shadows Die Twice é igual aos demais jogos da série Dark Souls e Bloodborne, conhecida por colocar os jogadores em situações nas quais podem colocar tudo a perder. Na realidade, este é o jogo mais diferente da franquia, mas tão desafiador quanto.

Sekiro: Shadows Die Twice foca em um combate mais estratégico, em que é preciso dominar a arte de defletir para quebrar a guarda dos inimigos. É quase como um jogo de luta, só que de mundo aberto.

Além disso, há um grande enfoque na exploração vertical e a narrativa é contada de forma mais cinematográfica. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Pode agradar entusiastas dos períodos históricos japoneses, já que o game se passa em uma versão fantasiosa de um momento na história japonesa conhecido como período Sengok (1467-1615).

Dois pelo preço de um: Se gostou de defletir e rebater golpes e projéteis em jogos como Katana Zero, My Friend Pedro ou ainda se gosta dos ninjas, da furtividade e da ambientação de Tenchu: Stealth Assassins, então jogue Sekiro: Shadows Die Twice.

Presta atenção, freguesia: Merecidamente eleito o Jogo do Ano de 2019 no The Game Awards, conhecido como o Oscar do videogame.

Hollow Knight

Cena de Hollow Knight

Hollow Knight traz um panteão de desafios

Divulgação/Team Cherry

Uma aventura 2D clássica de plataforma e exploração em um universo autêntico e rico em sua mitologia. Hollow Knight é ambientado em um mundo de insetos e heróis e o jogador precisa  lutar contra criaturas malignas e se aliar a outras.

O jogo tem progressão ao estilo Metroidvania, o que significa que será preciso encontrar e evoluir certas habilidades para conseguir acesso a mais áreas. 

Tudo isso enquanto mergulha fundo no expansivo, riquíssimo, desafiador e às vezes nojento mundo de Hallownest. Tens o que é preciso para abrir todo o mapa e enfrentar os mais de 150 inimigos de Hollow Knight? – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Conceitual em literalmente tudo: da jogabilidade, passando pela ambientação, até os nomes e tipos de insetos.

Dois pelo preço de um: Recomendado para quem curtiu a atmosfera e exploração de Rain World ou das batalhas recorrentes contra chefe com armas corpo a corpo de Mega Man Zero.

Presta atenção, freguesia: Tem uma sequência em desenvolvimento, Hollow Knight: Silksong. O game foi anunciado em 2019 e depois desapareceu do radar, mas vale ficar de olho!

The Witcher 3: Wild Hunt

Imagem promocional de The Witcher III: Wild Hunt

The Witcher III é o jogo que colocou a série no mapa da cultura pop

Divulgação/CD Projekt RED

Geralt de Rívia nasceu da mente do escritor polonês Andrzej Sapkowski e se tornou mais conhecido na interpretação do astro Henry Cavill. Mas os games foram a porta de entrada do personagem e sua série de aventuras, The Witcher, para o centro da cultura pop mundial. E, dentre os vários jogos da saga do bruxeiro, The Witcher 3: The Wild Hunt é sua aventura definitiva.

Este é o encerramento de uma das sagas de Geralt, mas o estúdio CD Projekt RED o moldou de forma a ser plenamente aproveitado por quem nunca jogou outro título da série. Na história, Geralt e seus companheiros partem em busca de Ciri, uma jovem que ele treinou em sua juventude e que, já adulta, guarda um grande poder.

Na pele de Geralt, você se aventura pelo rico mundo do game, desvendando os mistérios da história principal. Ao mesmo tempo, também ajuda os vilarejos locais exterminando monstros, sempre ao preço mais alto. The Witcher 3 entra na lista de melhores jogos para o Xbox One por sua história ramificada, na qual as linhas de diálogo escolhidas impactam profundamente o que acontece a seguir. – Bruno Silva

Leva que tá doce: The Witcher 3: Wild Hunt é a melhor maneira de entender por que esta saga literária polonesa ganhou o mundo até se tornar uma série da Netflix.

Dois pelo preço de um: Além de ser um jogo obrigatório para quem conheceu The Witcher por meio da série, Wild Hunt também é uma boa pedida para fãs de RPG ocidentais como Skyrim ou World of Warcraft.

Presta atenção, freguesia: Quando falamos que suas escolhas tem muitas consequências em The Witcher 3, não estamos brincando. São três grandes desfechos para o jogo. Entretanto, ao levar em conta cada detalhe da história que muda de acordo com o que você faz, são 36 finais possíveis.

Hades

Imagem promocional de Hades

Em Hades, Zagreus tenta (muitas vezes) escapar do inferno

Divulgação/Supergiant Games

A desenvolvedora Supergiant Games ficou famosa por conectar de forma única a parte interativa dos jogos com a história e, depois de lançar três games nos quais pôde demonstrar essa capacidade – Bastion, Transistor e Pyre -, o estúdio produziu em Hades sua obra-prima. Este é um jogo de ação no qual você explora catacumbas com uma mecânica roguelike (perdeu, acabou o jogo), um combate frenético e uma visão de cima, com câmera isométrica.

O que torna Hades tão único em meio a tantos jogos que também mesclam esses gêneros e subgêneros é seu belíssimo visual e sua intrigante narrativa, que está diretamente conectada à sua jogabilidade e mecânicas.

Quanto mais o protagonista Zagreus morrer, seja através de armadilhas, seja em combates mortais; mais o jogador irá desvendar a trama. Afinal, quando o personagem principal falha em sua jornada para fugir do Submundo, isto é, o Hades, ele retorna para seus aposentos e precisa refazer tudo.

O diferencial é que Zagreus e todos os demais personagens, deuses e semideuses que o acompanham sua fuga, se recordam de tudo – e inclusive, não perdem a oportunidade de fazer piadas a respeito disso.

Riquíssimo em gameplay e narrativa, Hades é um dos jogos mais divertidos, desafiadores e belíssimos dos últimos tempos. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Hades traz uma nova e refrescante perspectiva sobre a mitologia grega, reinterpretando alguns mitos com bom humor e autenticidade.

Dois pelo preço de um: Hades é recomendado para quem gostou da jogabilidade flexível e dos cenários de Children of Morta, ou para quem curte o level design bem feito e a progressão de história atípica de Dark Souls e Bloodborne. E se você for fã dos demais jogos da Supergiant Games, mergulhe sem medo em Hades.

Presta atenção, freguesia: Hades concorreu e venceu em diferentes categorias nas principais premiações dos videogames, incluindo The Game Awards, DICE, a categoria extraordinária de games do prêmio Hugo em 2020, entre outros.

Undertale

Cena de Undertale

Em Undertale, cada escolha impacta o que vem a seguir

Divulgação/Toby Fox

Não se deixe enganar pelos gráficos simples. Undertale esconde debaixo de seu visual um estilo de jogo que subverte completamente o jeito de jogar RPGs, em uma das formas mais inovadoras de contar uma história dentro dos videogames.

Em Undertale, humanos selaram monstros debaixo da terra após uma longa guerra. Você é uma criança que cai por acidente no mundo dos monstros, e busca um jeito de voltar à superfície. Em sua jornada, você encontra uma série de criaturas e tem a possibilidade de destruí-las ou poupá-las. Cada ação tem uma consequência para o que vem depois, até o desfecho da aventura.

Os personagens, muito bem escritos pelo autor do jogo, Toby Fox, são o maior charme de Undertale, em um sistema que intriga a cada solução tomada pelo jogador ao permitir a resolução de conflitos por meio do diálogo, semelhante a Shin Megami Tensei. Um jogo para pensar em suas ações, e pensar em suas consequências. – Bruno Silva

Leva que tá doce: RPGs costumam brilhar na trilha sonora, e Undertale é particularmente bem-sucedido nesse quesito, com uma música espetacular.

Dois pelo preço de um: Jogue Undertale se você gosta de RPGs em geral, em especial da série Mario & Luigi, ou se você gosta de tramas intrigantes como a de The Last of Us.

Presta atenção, freguesia: Undertale tem uma história curiosa com o papa Francisco. Em 2016, o pontífice ganhou de presente uma cópia do jogo ao se encontrar com o youtuber americano MatPat em uma conferência do Vaticano sobre a internet. Seis anos depois, uma trupe circense tocou para o líder católico uma música do game. Será que ele gostou?

Red Dead Redemption 2

Cena de Red Dead Redemption 2

Arthur Morgan protagoniza Red Dead Redemption 2, um épico dos videogames

Divulgação/Take-Two Interactive

Red Dead Redemption 2 é um dos poucos jogos que merece o adjetivo épico. O título de faroeste da Rockstar, de Grand Theft Auto, é uma epopéia na qual se misturam personagens cativantes, o retrato de um período histórico eternizado na cultura pop, e uma abundância de detalhes poucas vezes vista na história do videogame.

Essa sensação de grandeza existente das belíssimas paisagens naturais a sistemas absurdamente complexos para coisas triviais, como aparar partes diferentes da barba do protagonista, são um contraste com a história de decadência apresentada pela Rockstar, na qual Arthur Morgan e sua trupe de bandidos, liderada pelo maquiavélico Dutch, vivem em fuga, planejando o derradeiro golpe para escapar de ver do inevitável avanço da industrialização e a consolidação do poder federal americano no século 19.

Mais do que acompanhar uma trama sem mocinhos nem bandidos, jogar Red Dead Redemption 2 é mergulhar em um universo rico que representa o ápice do que o desenvolvimento de videogame pode mostrar. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Red Dead Redemption 2 combina um trabalho altamente complexo do ponto de vista técnico com uma história devastadora e emocionante.

Dois pelo preço de um: Red Dead Redemption é a versão faroeste de Grand Theft Auto, então os fãs da série de jogos e do gênero de filme vão gostar deste jogo.

Presta atenção, freguesia: A Rockstar dominou a arte de combinar segmentos jogáveis com trilha sonora, e o momento mais marcante da aventura é embalado por uma canção original: “Unshaken”, de D’Angelo.

NieR Automata

Cena de NieR: Automata

NieR: Automata traz reflexões existencialistas em mundo pós-apocalíptico

Divulgação/Square Enix

À primeira instância, os visuais pixelizados e altamente detalhados de Unsighted chamam atenção. Mas o game oferece muito mais do que belíssimos gráficos.

A jogabilidade oferece precisão e variedade: o jogador pode defletir golpes e usar um conjunto diferente de armamentos, sempre alternando entre uma arma de longo e outra de curto alcance.

É possível fabricar equipamentos e aprimorar habilidades e explorar o futurista e gigantesco mundo de Arcadia. Além disso, você pode decidir onde e em quem focar seus esforços, uma vez que o jogo tem um contador.

Por isso mesmo, o jogador precisa guiar a protagonista, uma Autômata conhecida como Alma, e salvar o máximo de amigos possível, antes que o tempo se esgote. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Tal qual a protagonista Alma, as duas criadoras de Unsighted e co-fundadoras do estúdio independente Pixel Punk, também fazem parte da comunidade LGBTQIA+.

Dois pelo preço de um: Indicado para quem gosta dos visuais e da jogabilidade dos jogos da Supergiant Games, da narrativa empática e da ambientação cyberpunk de The Red Strings Club, ou da filosofia, gameplay e dos androides que protagonizam NieR Automata.

Presta atenção, freguesia: 100% desenvolvido por duas brasileiras.

Celeste

Cena de Celeste

Em Celeste, a jovem Madeline precisa escalar uma montanha

Divulgação/Extremely OK Games

Celeste é um jogo sobre escalar uma montanha. Como você deve imaginar, essa atividade por si só envolve a superação de dificuldades. Mas poucos jogos conseguem pegar esse simbolismo e representá-lo de forma tão ampla e competente na história e na jogabilidade.

Inspirado em jogos de plataforma difíceis dos anos 1980 e 1990, Celeste sabe quando desafiar o jogador, com cenários repletos de espinhos, abismos e armadilhas. Mas é aquele tipo de adversidade que vai além da agilidade e precisão características do gênero e passa por pensar os próximos passos.

Celeste atravessa a razão e entra no campo da emoção ao utilizar a escalada do monte homônimo do game como uma história de superação e autodescoberta. Madeline, a jovem protagonista, se propõe a chegar no topo da montanha como uma forma de lidar com crises de pânico e dúvidas sobre si. No meio do caminho, a jornada adquire um contorno místico à medida que a personagem lida com os próprios problemas. É um jogo que, no fim das contas, vem para provar como o maior desafio da vida pode estar dentro de nós mesmos. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Celeste foi pensado para speedrunners, jogadores que terminam jogos no tempo mais rápido possível. Então, espere desafios de precisão altos em Celeste, em especial nas fases B-Side, que elevam ainda mais a dificuldade.

Dois pelo preço de um: Se você é fã dos Super Mario ou Mega Man clássicos e quer um jogo mais desafiador, vai gostar de Celeste. Se jogou Super Meat Boy, Celeste é uma ótima pedida.

Presta atenção, freguesia: A arte de Celeste é inteiramente produzida pelos brasileiros Pedro Medeiros e Amora B., que despontaram na cena de games local com o estúdio Miniboss.

Resident Evil 7: biohazard

Cena de Resident Evil 7

Por meio da família Baker, Resident Evil 7 homenageia diferentes formas do terror

Divulgação/Capcom

Resident Evil sempre se apoiou na temática de zumbis criada por George Romero, mas o sétimo game da série vai além e abraça o terror como um todo, em uma carta de amor aos seus vários subgêneros.

Ao colocar você na pele de Ethan, um homem que viaja até uma suspeita chácara nos pântanos do sudeste dos Estados Unidos em busca de sua namorada, Resident Evil 7 apresenta seus verdadeiros protagonistas: a aterrorizante família Baker.

Em uma tentativa desesperada de sobreviver e salvar sua amada, Ethan precisa lidar com os Bakers, tomados por uma substância biológica misteriosa. Nesses encontros, Resident Evil 7 passeia por várias facetas do terror, indo do slasher de O Massacre da Serra Elétrica até o horror psicológico de Jogos Mortais.

Como jogo, Resident Evil 7 também aproveita uma tendência do meio nos anos 2010 e muda a perspectiva da ação para a primeira pessoa, o que deixa todos os sustos ainda mais intensos. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Resident Evil 7 revira a fórmula da franquia e traz situações pouco convencionais em relação a seus antecessores mais focados em zumbis.

Dois pelo preço de um: Recomendado para quem joga títulos de terror para vários jogadores como Phasmophobia ou Dead By Daylight e quer uma experiência mais contida.

Presta atenção, freguesia: O design de som de Resident Evil 7 é o detalhe que mais passa despercebido, mas faz a maior diferença, com sons aleatórios que nos fazem pensar se estamos correndo risco. Duvida? Então jogue com fones de ouvido.

It Takes Two

Cena de It Takes Two

Em It Takes Two, um casal precisa cooperar para voltar à vida normal

Divulgação/Electronic Arts

It Takes Two é um tipo cada vez mais raro de jogo: aquele que te obriga a jogar com outra pessoa, seja online ou ao seu lado no sofá.

O game coloca você no papel de um casal prestes a se divorciar. Um desejo involuntário da filha pequena magicamente transporta a consciência da dupla para dois bonequinhos. Assim, só é possível jogar em duas pessoas. Não é necessário que ambas tenham o jogo, pois há um modo no qual você pode “emprestar” o segundo controle para o segundo jogador.

À primeira vista, esse modo cooperativo obrigatório pode parecer uma desvantagem em meio a um mar de opções de jogos nos quais o computador pode assumir, com bots, papéis destinados a humanos. Mas é justamente a exigência dos desenvolvedores que torna essa aventura tão única e faz de It Takes Two um dos melhores jogos para o Xbox One.

A história gira em torno de um ser misterioso em forma de livro de autoajuda para casais que desejam reatar o relacionamento em crise. Apesar de alguns tropeços, a travessia das fases e os desafios impostos em seu design são bastante criativos. E justificam a necessidade de ter alguém ao seu lado durante a aventura. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Os cenários e o design dos níveis de It Takes Two são alguns dos melhores nos últimos anos entre jogos de plataforma. Assim, é uma experiência quase única quando levamos em conta que esse jogo exige duas pessoas para ser jogado.

Dois pelo preço de um: O jogo é ideal para fãs de Super Mario, Crash Bandicoot ou qualquer outro título da plataforma, que desejam algo para ser jogado junto.

Presta atenção, freguesia: Apesar do visual fofinho, It Takes Two não é um jogo para crianças. A história toma rumos pesados em alguns momentos.

Devil May Cry 5

Imagem promocional de Devil May Cry 5

Devil May Cry 5 é uma montanha-russa de ação estilosa

Divulgação/Capcom

Se você procura um jogo de ação que o faça se sentir um herói superpoderoso, poucos entregam o prometido como Devil May Cry 5. 

Construindo em cima de seus antecessores, em uma série que se iniciou nos anos 2000, o jogo te coloca no controle de três caçadores de demônios – Nero, V e Dante – que enfrentam mais uma ameaça das criaturas do submundo contra a Terra. Cada um tem um estilo de luta diferente, mas todos têm um ponto em comum: são muito estilosos.

A experiência de décadas da Capcom com jogos de luta e ação resulta em um jogo com um combate versátil e cheio de possibilidades para quem quer se aprofundar, mas que sempre vai manter essa ilusão de poder, independentemente do seu nível de familiaridade com videogames.

Tudo isso é embalado por um visual que contrasta arquitetura gótica e o visual foto realista dos personagens humanos com monstros divididas entre o infernal e o angelical, como fossem filhos de uma relação entre os anjos de pinturas renascentistas e as criaturas dos contos de H.P. Lovecraft.

Todas essas referências se misturam em uma farofa que, acima de tudo, não tem medo de ser ridícula quando precisa, a ponto de um dos protagonistas prestar homenagem a Michael Jackson. Em Devil May Cry 5, a chave para fazer você se sentir capaz de derrotar qualquer inimigo é não se levar a sério. – Bruno Silva

Leva que tá doce: O sistema de combate de Devil May Cry 5 é profundo sem intimidar. Aniquilar demônios no controle de qualquer um dos protagonistas é satisfatório mesmo sem ter familiaridade com jogos de ação, e ainda mais divertido quando você sabe o que está fazendo.

Dois pelo preço de um: Você deve jogar Devil May Cry 5 se gostar de outros jogos de ação como God of War, mas a profundidade do combate também é uma boa pedida para fãs de jogos de luta como Street Fighter e Mortal Kombat.

Presta atenção, freguesia: A trilha sonora do game é um espetáculo à parte. A música-tema de cada personagem toca durante as cenas de luta e progride à medida que você aumenta um placar de estilo.

Titanfall 2

Imagem promocional de Titanfall 2

Em Titanfall 2, você e seu robô encaram algumas das melhores fases dos games de tiro

Divulgação/Electronic Arts

O estúdio Respawn redefiniu os jogos de tiro em primeira pessoa nos anos 2010, tornando a ação deste gênero ainda mais dinâmica e criando um novo padrão para os concorrentes. Entre os jogos da empresa, Titanfall 2 é a obra-prima.

O game de 2016 tem todas as qualidades do primeiro jogo, copiadas por todos os concorrentes por anos a fio, como a movimentação acelerada por pulos duplos e saltos na parede, além de controles de tiro precisos e altamente satisfatórios. Isso, claro, sem deixar de lado sua proposta principal: a chance de controlar robôs gigantes no campo de batalha.

Mas a cereja no bolo é o modo campanha, que traz o melhor oferecido pelos jogos de tiro nos últimos vinte anos de uma só vez. São sequências de ação espetaculares, intercaladas por fases que subvertem completamente as regras do jogo. Mais do que um simples jogo de guerra e ficção científica, Titanfall 2 é um exemplo de design de jogos a ser seguido. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Titanfall 2 é a combinação de bons controles em um jogo de tiro com algumas das fases mais criativas que o gênero já viu.

Dois pelo preço de um: Titanfall 2 é obrigatório para os fãs de Call of Duty e Battlefield, ou quem conhece a Respawn por seu jogo mais popular, Apex Legends.

Presta atenção, freguesia: Robôs gigantes, viagens no tempo, fases  que desafiam a gravidade… Titanfall 2 tem tudo e mais um pouco. Mas a síntese de sua grandiosidade reside na missão “Causa e Efeito”, onde você transita entre passado e presente para desvendar os mistérios de um complexo militar abandonado.

Kentucky Route Zero

Cena de Kentucky Route Zero

Kentucky Route Zero é um mergulho interativo no realismo fantástico

Divulgação/Annapurna Interactive

Um caminhoneiro faz seu último trabalho ao entregar um pacote de uma loja prestes a falir em um endereço que não está no mapa: a misteriosa Rota Zero, no estado norte-americano do Kentucky. Partindo desta premissa, Kentucky Route Zero é um mergulho no realismo fantástico em uma das histórias mais intrigantes e simbólicas dos games.

Estruturado como uma peça de teatro, dividido em atos, Kentucky Route Zero usa um estilo gráfico low-poly, que emula jogos do início dos anos 1990, para te conduzir a uma viagem por lugares que flertam com o sobrenatural, em episódios isolados que avançam à medida que você se aproxima do destino final, juntando uma trupe de figuras quebradas por dramas familiares e pelo estado frágil da sociedade após a crise econômica de 2008.

Kentucky Route Zero não é um jogo convencional, e tanto sua estrutura narrativa como o visual, que passam longe do estilo vigente na maioria dos games, reforçam isso. É uma jornada para quem quer fugir do lugar-comum, e onde os maiores tesouros estão espalhados pelo caminho. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Uma mistura de filme de estrada com peça de teatro repleta de personagens carismáticos, momentos de suspense e um visual único.

Dois pelo preço de um: Se você gosta de obras que flertam com o sobrenatural, como os trabalhos do diretor David Lynch, Kentucky Route Zero é o jogo para você.

Presta atenção, freguesia: Kentucky Route Zero foi lançado em partes, em uma jornada que durou de 2013, quando saiu o primeiro capítulo, até 2020, quando o episódio final chegou às lojas.

Halo Infinite

Cena de Halo Infinite

Halo Infinite traz o herói Master Chief de volta a um papel de destaque

Divulgação/Xbox

Depois de redefinir o que é um jogo de tiro em primeira pessoa, criando as bases desse gênero para além dos PCs no início dos anos 2000, Halo passou por uma crise criativa enorme. Em Halo: Infinite, primeiro jogo da franquia da Microsoft produzido para a atual geração do Xbox, a solução foi abraçar soluções vistas na concorrência.

A grande mudança de Halo: Infinite está em um cenário maior, amplo o suficiente para que o título adquira características comuns a outros jogos de mundo aberto, com grandes áreas para atravessar, segredos para descobrir e, sobretudo, bases de inimigos para conquistar.

O que está batido em tantos jogos de tiro em primeira pessoa se transforma em uma mudança bem-vinda em Halo Infinite justamente porque sua estrutura de jogo e seus controles continuam sendo alguns dos melhores do mercado.

No controle do super soldado Master Chief, uma espécie de “Capitão América espacial”, você tem ferramentas para enfrentar exércitos sozinho, e os controles de tiro e movimentação se agregam a uma ferramenta muito bem vinda de gancho, que agiliza a movimentação e permite que você se desloque para cima, aproveitando ainda mais os cenários enormes do jogo. – Bruno Silva

Leva que tá doce: Para quem não gosta de campanha, o modo multiplayer de Halo Infinite, um dos pontos fortes da série desde a sua criação em 2001, é gratuito.

Dois pelo preço de um: O mapa mais aberto faz de Halo Infinite uma opção óbvia para quem é fã de Far Cry, mas vale a pena conferir se você gosta de jogos battle royale como Call of Duty: Warzone, Fortnite ou Free Fire e quer jogos de mapas imensos com uma história mais fechada.

Presta atenção, freguesia: Batalhas de chefe nem sempre são o forte de jogos de tiro em primeira pessoa, mas em Halo: Infinite, esses momentos são um show à parte.

Unsighted 

Menu de Unsighted

Desenvolvido por duas brasileiras, Unsighted mistura elementos clássicos dos games de forma refrescante

Divulgação/Studio Pixel Punk

À primeira instância, os visuais pixelizados e altamente detalhados de Unsighted chamam atenção. Mas o game oferece muito mais do que belíssimos gráficos.

A jogabilidade oferece precisão e variedade: o jogador pode defletir golpes e usar um conjunto diferente de armamentos, sempre alternando entre uma arma de longo e outra de curto alcance.

É possível fabricar equipamentos e aprimorar habilidades, explorar o futurista e gigantesco mundo de Arcadia e decidir onde e em quem focar seus esforços, uma vez que o jogo tem um contador.

Por isso mesmo, o jogador precisa guiar a protagonista, uma Autômata conhecida como Alma, e salvar o máximo de amigos possível, antes que o tempo se esgote. – Jessica Pinheiro

Leva que tá doce: Tal qual a protagonista Alma, as duas criadoras de Unsighted e co-fundadoras do estúdio independente Pixel Punk, também fazem parte da comunidade LGBTQIAP+.

Dois pelo preço de um: Indicado para quem gosta dos visuais e da jogabilidade dos jogos da Supergiant Games, da narrativa empática e da ambientação cyberpunk de The Red Strings Club, ou da filosofia, gameplay e dos androides que protagonizam NieR Automata.

Presta atenção, freguesia: 100% desenvolvido por duas brasileiras.

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QUEM FEZ
Jessica Pinheiro

Jessica Pinheiro

Repórter da Tangerina, Jessica Pinheiro já cobriu games e tecnologia em veículos coo IGN Brasil, Loading TV e The Enemy. É streamer nas horas vagas e nasceu no Ceará, mas infelizmente não tem sotaque. Ama karaokê e também assina a Koluna Pop, onde traz todas as novidades do universo do k-pop.

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