Mercado de games: Estúdio japonês vende Tomb Raider por uma pechincha

A Square Enix anunciou nesta segunda-feira (2) a venda de diversas franquias e estúdios de seu braço ocidental, incluindo a clássica franquia Tomb Raider, para o Embracer Group, conglomerado que inclui estúdios como a Gearbox (Borderlands) e mais.

O acordo prevê a venda dos estúdios e franquias por US$ 300 milhões. O valor chama a atenção por ser bem inferior ao de outros negócios envolvendo empresas de games em 2022, como a compra por US$ 2 bilhões da Bungie, do game Destiny, pela Sony, ou a gigante venda da Activision Blizzard para a Microsoft por US$ 68,7 bilhões.

Além de Tomb Raider, o Embracer Group também é dono das franquias Deus Ex, Thief, Legacy of Kain e os direitos de mais de 50 jogos de catálogo.

Três estúdios também foram envolvidos na venda: a Crystal Dynamics, responsável pela produção dos mais recentes jogos de Tomb Raider e pelo mal-sucedido Marvel’s Avengers, a Eidos Montréal, da série Deus Ex e do game dos Guardiões da Galáxia, e da Square Enix Montréal.

Motivos da venda

Em um comunicado, a Square Enix afirmou que a venda permitirá um investimento maior em tecnologias como blockchain —que é a base das criptomoedas e dos NFTs— e serviços na nuvem.

Há também especulações de que a venda destes estúdios e franquias podem fazer parte de planos da Square Enix de venda para empresas maiores, aproveitando a recente onda de aquisições bilionárias dentro da indústria de games.

A Square Enix comprou franquias como Tomb Raider e Deus Ex como parte da aquisição do estúdio europeu Eidos em 2009, que estava à beira da falência. Um dos principais legados da aquisição é a produção de uma nova trilogia dos jogos da aventureira Lara Croft, que venderam 38 milhões de cópias e foram a base do mais recente filme baseado no game, estrelado por Alicia Vikander.