LIVROS E HQS

Scott Elrod e Anne Heche em Men In Trees

Divulgação/ABC

NOVA BIOGRAFIA

Anne Heche preferia ser chamada de ET do que rotulada como lésbica

Antes de morrer, Anne Heche preparava nova autobiografia em que dá detalhes de seu relacionamento com Ellen DeGeneres

Luciano Guaraldo

Morta há pouco mais de um mês, a atriz Anne Heche (1969-2022) não se identificava com o rótulo de “lésbica”, apesar de seu relacionamento com a apresentadora Ellen DeGeneres. Heterossexual também não era uma caixinha na qual ela se encaixava com facilidade. “Gay não parecia certo, hétero também não. Alien talvez fosse a melhor opção, eu pensava às vezes”, escreveu.

A revelação faz parte de sua nova autobiografia, Call Me Anne (Me Chame de Anne), prevista para chegar às lojas dos Estados Unidos em janeiro do ano que vem. O livro é uma continuação de Call Me Crazy (Me Chame de Louca), lançado em 2001.

Segundo a editora Start Publishing, em reportagem da Associated Press, Anne Heche assinou o contrato para a publicação em maio e entregou o manuscrito um pouco antes de morrer. Na obra, ela fala sobre como foi trabalhar com nomes como Alec Baldwin, Ivan Reitman (1946-2022) e Oliver Stone, além de Harrison Ford, que virou uma espécie de mentor.

Anne Heche também abre o jogo sobre seu relacionamento com Ellen DeGeneres. “Eu fui chamada de ‘ultrajante’ porque me apaixonei por uma mulher. Mas eu nunca tinha ficado com uma mulher antes de namorar Ellen. Mas eu não me identificava como lésbica. Simplesmente me apaixonei. Para ser bem clara, foi tão estranho para mim quanto para todo mundo”, escreveu ela no livro.

“Não há palavras para descrever como eu me sentia. Gay não parecia certo, hétero também não. Alien talvez fosse a melhor opção, eu pensava às vezes. Eu adoraria ter respondido por que e como eu me apaixonei por uma pessoa em vez de pelo seu gênero. Mas ninguém nunca me perguntou”, explicou Anne Heche em trecho do livro adiantado pela AP.

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QUEM FEZ

Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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