Adidas rompe contrato bilionário com Kanye West por falas antissemitas

Depois de ser cobrada a se posicionar após as falas antissemitas de Kanye West, a Adidas anunciou o fim da parceria com o rapper. A empresa estima que o fim do contrato afetará os resultados de 2022 em US$ 246 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão).

Em comunicado enviado à imprensa internacional, a marca se refere a Kanye pelo pseudônimo Ye e afirma que qualquer tipo de discurso de ódio é inaceitável. “A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, declarou.

A Adidas disse que, depois de realizar uma “revisão completa”, foi decidido encerrar a parceria, parar de produzir produtos da marca Yeezy e cancelar todos os pagamentos para suas empresas. “A Adidas interromperá os negócios da Adidas Yeezy com efeito imediato”, revelou o comunicado, obtido pela Variety.

Kanye West e a empresa firmaram uma parceria há sete anos conhecida como Adidas Yeezy, que elevou o patamar do rapper no mundo da moda. Apesar da decisão, a Adidas reflete sobre o prejuízo do encerramento da parceria que, devido à alta sazonalidade do quarto trimestre do ano –que inclui Black Friday e Natal–, tirar os produtos Yeezy das prateleiras pode afetar os lucros em US$ 246 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão).

Kanye West também não pode levar a marca a outro fabricante. A Adidas afirmou que a marca é a única proprietária dos direitos dos designs dos calçados e vestimentas que fizeram sucesso nos últimos anos.