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Carol Massière e Tina Calamba em cena de Passaporte Feminino

Iara Mora/Lifetime

PASSAPORTE FEMININO

Fora do BBB 23, Tina Calamba revisita cultura de Angola na TV paga

A Miss Benguela gravou participação em Passaporte Feminino, do Lifetime, antes de ser confinada; programa vai ao ar nesta segunda

Luciano Guaraldo

Terceira eliminada do BBB 23, a modelo e analista de marketing Albertina Maria Calamba ficou conhecida como Tina ao entrar na casa mais vigiada do país amarrada a MC Guimê. Mas, antes mesmo de ser escalada para o reality show, ela havia gravado o programa Passaporte Feminino, que conta a história de dez mulheres estrangeiras que deixaram seus países para tentar a sorte no Brasil. O episódio com a ex-sister vai ao ar nesta segunda-feira (13), às 21h, no canal pago Lifetime.

Cada capítulo foca em um país diferente: além de Angola, há capítulos sobre China, Irã, Bolívia e Portugal. Além de Tina Calamba, o programa sobre o território africano terá a dançarina Safira Lazúli, de 30 anos, que chegou ao Brasil grávida de nove meses. Ela dá uma aula de ancestralidade angolana à apresentadora Carol Massière, enquanto a Miss Benguela 2012 fala sobre como deixou sua terra natal para seguir o sonho de ser jornalista.

Além de comandar e dirigir a atração, Carol também é a idealizadora do Passaporte Feminino. “A ideia surgiu de um desejo meu de fortalecer o feminino no mundo. Eu sempre aprendi com outras mulheres, ouvindo suas histórias, porque sou apaixonada por narrativas femininas. Gosto de quem vai em busca de sua autonomia através do conhecimento de outras culturas. Sempre tive essa ideia de conversar com mulheres que abriram mão de regras sociais e foram atrás da vida que sonhavam”, explica a também publicitária em conversa exclusiva com a Tangerina.

Inicialmente, a ideia era que Passaporte Feminino saísse pelo mundo para mostrar as culturas das mulheres em seus locais de origem. Com a pandemia, o formato precisou ser repensado e Carol guardou seu passaporte físico para usar um metafórico, “viajando” nas histórias de quem saiu de seu país em busca de uma nova vida em São Paulo. “Nós nos adaptamos para conhecer outras culturas femininas através das imigrantes, que têm histórias maravilhosas”, admite ela.

“Eu acredito muito nesse exercício de abrir o coração para ouvir outras histórias, acho que amplia muito a nossa visão de mundo. E sinto que precisamos aprender a admirar as diferenças, em vez de atacá-las. E no feminino ainda tem muito disso, né? Aprendemos a atacar umas às outras pelas diferenças, pelo que faz diferente”, lamenta Carol à reportagem.

Quando Tina Calamba gravou seu episódio de Passaporte Feminino, ela nem sonhava que estaria no BBB 23. Mas sua alegria e seu carisma diante das câmeras já eram bons indícios de que ela tinha todos os ingredientes para passar pelas seletivas do reality da Globo. Mérito da equipe do programa da Lifetime, que a descobriu antes mesmo da turma do diretor Boninho.

“Nossa produtora de elenco desenvolveu toda uma pesquisa em cima das nacionalidades que eu disse que queria abordar na primeira temporada, conversou com as meninas para conhecê-las, fez um trabalho incrível. Foi muito difícil fechar em apenas dez, porque eu fui me apaixonando por cada uma delas e são mulheres que têm muitas histórias para contar. É impressionante como, para conquistar nossa autonomia, nós precisamos passar por coisas inacreditáveis. Foi complicado selecionar, mas acho que as dez que escolhi trazem assuntos distintos, são muito diferentes entre si ao mesmo tempo que se complementam. Acho que todas as culturas estão muito bem representadas”, valoriza Carol.

Mais difícil do que selecionar apenas dez mulheres para serem retratadas na primeira temporada de Passaporte Feminino foi não se emocionar com as histórias de vida delas. “Não tem como (risos). Todas são minhas divas, né? Eu fico admirada com a força de cada uma, de sair da sua caixinha e enfrentar tudo isso. Se elas tiverem fã-clube, eu vou ser a primeira a entrar (risos). Porque são histórias de muito valor, e eu fico muito feliz de poder contá-las, de levar essas histórias para o mundo, porque elas merecem. Acho que vai tocar o coração de muita gente e vai fazer o público repensar a própria vida”, encerra a apresentadora.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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