Divulgação/Netflix
Ator participou de painel sobre a Amazônia e fez questão de alfinetar a forma como Jair Bolsonaro lidou com questões climáticas
Bruno Gagliasso não teve papas na língua ao participar de um painel ao lado do diretor Fernando Meirelles e o ativista indígena Almir Suruí sobre a Amazônia na CCXP22, nesta quinta-feira (1º). Com o microfone na mão, o ator aproveitou para alfinetar a maneira como o atual presidente, Jair Bolsonaro, lidou com as questões climáticas durante os quatro anos de seu governo.
Gagliasso contou ao público do palco Thunder as atitudes que adotou para manter uma vida mais sustentável e ser ainda mais ativo nas questões climáticas. Além de replantar árvores, o astro de Santo, da Netflix, também usa ativamente suas redes sociais para fazer denúncias contra queimadas e desmatamento.
“Logo no começo desse desgoverno teve uma onda de queimadas muito forte. Uma área não pega fogo sozinha, e eu fiquei louco porque o governo acusou que era mentira, coisa da imprensa”, relembrou. “Falei com o Greenpeace e fui para a Amazônia, para denunciar mesmo. Usei minhas redes sociais para denunciar. Sobrevoei, mostrei e fiz alguma coisa, me senti útil de alguma maneira”, desabafou.
Questionado sobre o que é possível ser feito em termos individuais quando se fala de mudar a Amazônia, Fernando Meirelles, diretor do filme Cidade de Deus (2002), também aproveitou para dar uma indireta ao atual presidente.
“Todas as decisões que vão mudar o panorama ou as perspectivas que são muito ruins com relação a isso dependem de decisões políticas”, afirmou o cineasta, que também lembrou o fato de ter trabalhado lado a lado com a ex-senadora Marina Silva quando ela foi candidata a presidente. “Para virar o jogo tem que mudar a matriz energética, votar em pessoas que têm compromisso com isso.”
Bruno Gagliasso e Fernando Meirelles ainda revelaram que estão trabalhando juntos em um projeto inédito que contará a história do primeiro grupo armado da Amazônia, que coloca a mão na massa para defender as florestas.
“Será uma série sobre professores, geólogos, pessoas que resolvem botar a mão na massa, ir para o meio da floresta e pegar em armas para falar para os assassinos que eles não irão destruir a floresta”, contou.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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