Reprodução/TV Globo
Intérprete da parente perdida da ricaça Rebeca, Bruna Spínola está pronta para a virada de sua personagem, que revelará novas camadas
Bruna Spínola se juntou ao elenco da novela Cara e Coragem no início deste mês com um papel difícil de engolir. Irmã perdida de Rebeca (Mariana Santos), Fernanda chegou já deixando claro que está de olho no dinheiro da ricaça. Mas a atriz parte em defesa da personagem e assegura que ela não é tão interesseira quanto aparenta. “Acho que vai surpreender muita gente”, torce.
“Fernanda até deu um pouco essa leitura da interesseira a princípio, sim. Mas em breve ela tem uma virada, vai se afeiçoar a Rebeca, virar uma superparceira da irmã. Dá para perceber que ela tem princípios, não vai se corromper para o Danilo [Ricardo Pereira], é uma mulher que tem caráter”, adianta Bruna Spínola em conversa exclusiva com a Tangerina.
A atriz, inclusive, sequer julga Fernanda por ter sido atraída pelo dinheiro logo que surgiu em Cara e Coragem. “Ela enxerga o mundo de uma maneira totalmente diferente da Rebeca, foi criada de um outro jeito, não está acostumada com o luxo. Então, quando ela chega e se vê no meio daquela riqueza, os olhos brilham. Mas a Fernanda não é uma vilã, e dá muito para eu defendê-la (risos)!”, ressalta.
O convite para participar da novela das sete marca o reencontro da atriz com a autora Claudia Souto, com quem fez Pega Pega (2017). “Ela trouxe de volta muita gente para Cara e Coragem, tanto do elenco quanto da equipe. A gente brinca que é uma família, porque todo mundo teve uma relação muito próxima, o grupo de WhatsApp [de Pega Pega] segue muito ativo até hoje (risos). Fico feliz que ela tenha gostado do meu trabalho e espero que essa parceria continue.”
Mas quem assistiu às duas novelas poderá ter dificuldades em reconhecer Bruna Spínola. Fernanda é espalhafatosa, extravagante e sem papas na língua, o oposto da tímida Cíntia, camareira do hotel Carioca Palace. Em comum, só mesmo o fato de as personagens terem uma virada. “Acho que o público gosta quando o papel tem mais camadas, não é só uma coisa ou outra. Fica mais humano, né?”, aponta.
A versatilidade mostrada nas personagens se estende a outros aspectos da carreira. No Festival do Rio deste ano, Bruna apresentou o filme A Filha do Caos, estrelado, escrito e produzido por ela, que também assumiu a direção de arte. À reportagem, a atriz conta que o projeto era tão autoral que ela acabou se arriscando em outras funções para que tudo ficasse o máximo possível como ela tinha imaginado.
“Quando você tem uma equipe muito grande, compartilha ideias, é um processo colaborativo, o que é ótimo. Mas, quando a gente centraliza, também é interessante, achei muito bom no final”, valoriza. “Eu sou inquieta e gosto muito do que eu faço, fico prestando muita atenção nas outras funções. Não descarto fazer um roteiro para outra atriz estrelar, nem dirigir um projeto. Eu gosto de contar histórias, de todas as maneiras possíveis.”
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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