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Rodrigo França

Reprodução/Instagram

BBB 19

Ex-BBB, Rodrigo França rejeita reviver dores do reality: ‘Me afasto’

Em entrevista à Tangerina, Rodrigo França relembrou seus dias como participante do BBB 19 e falou sobre racismo no reality show

Giulianna Muneratto

Rodrigo França já tinha décadas de carreira como ator e escritor quando resolveu se aventurar no reality show mais famoso do Brasil, o BBB. Em 2019, ele foi o décimo eliminado de uma das temporadas que mais levantou reflexões, principalmente sobre racismo e intolerância religiosa.

Rodrigo, porém, não acompanha o reality show assiduamente. Por mais que assistir ao programa traga lembranças felizes, ver o Big Brother Brasil também significa relembrar os dias dolorosos que viveu dentro da casa.

“A minha rotina nunca permitiu que eu acompanhasse por conta de horário, mas também tem uma relação que, muitas vezes, me leva até dentro da casa. As alegrias vêm, como as dores também vêm”, desabafa em entrevista exclusiva à Tangerina.

Entretanto, ele reconhece que o BBB é capaz de pautar muitos assuntos e debates importantes, e ele não foge da raia quando precisa se pronunciar. “Muitas vezes, procuro me afastar, mas chega um momento que fica difícil quando, por exemplo, pessoas que eu gosto ou admiro passam por algum dilema lá dentro e tenho que me posicionar. Aí é um momento em que não fujo, começo a assistir para poder ter voz e ajudar a pessoa que está lá dentro.” 

Para Rodrigo França, a 19ª edição foi o pontapé para que o reality show da Globo gerasse reflexões mais profundas, que já existiam de maneira mais tímida em outras temporadas anteriores, porque ela abriu portas para que diferentes públicos pudessem acompanhar o programa. “A sociedade não evoluiu, mas a minha edição fez com que pessoas mais críticas vencessem o preconceito e pudessem assistir ao programa”, explicou.

Apesar de o programa ter aberto portas para um tipo de pensamento crítico, quem ganhou o BBB 19 foi Paula von Sperling, acusada diversas vezes de racismo e preconceito religioso por falas polêmicas dentro da casa. Ainda assim, Rodrigo acredita que, desde então, o cenário dos vencedores do reality mudou muito.

“A modificação de quem assiste ao programa vai fazer com que, cada vez mais, seja difícil uma pessoa racista ganhar. Não é impossível, mas é difícil uma pessoa ganhar. Estamos de olho”, afirmou.

Rodrigo França sente que o Big Brother Brasil foi um divisor de águas em sua carreira. “Faz diferença, né? Quando você quer construir uma história, vai fazer diferença, principalmente daquilo que você passou dentro dessa experiência. Só maximizou aquilo que eu já era, que já era muita coisa”, conta. 

Depois do programa, ele apostou em sua versatilidade como artista e passou a atuar no audiovisual como roteirista e diretor. Nos últimos anos, esteve por trás de projetos como Barba, Cabelo & Bigode (2022), da Netflix, e do especial Humor Negro, do Globoplay.

Em 2023, ele volta à atuação em Veronika, nova série do Globoplay, e na terceira temporada de Arcanjo Renegado.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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