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Jamie Spears e Britney Spears em arte da série da HBO Max

Divulgação/HBO Max

ESTREIA NESTA TERÇA

Sem Jamie nem Britney Spears, HBO Max não desce do muro em nova série

Como não teve acesso aos dois principais envolvidos, documentário tenta comer pelas beiradas com entrevistados que pouco acrescentam

Luciano Guaraldo

A HBO Max estreia nesta terça-feira (10) Jamie vs Britney: O Julgamento da Família Spears, que promete escancarar os 13 anos que a cantora pop passou sob a tutela do pai. Porém, apesar das boas intenções, a série documental pouco tem a acrescentar a tudo o que já foi dito sobre o caso. Sem ouvir Jamie e muito menos Britney, deixa a sensação de um mero prato requentado.

Jamie vs Britney tem apenas dois episódios: um, em teoria, sob o ponto de vista do pai; o outro, com o lado da filha –a HBO Max liberou à Tangerina apenas o primeiro para avaliação. Como não teve acesso ao patriarca da família Spears, a produção opta por comer pelas beiradas –mas vai tanto pelas beiradas que fica até difícil decifrar qual dos dois exatamente está sendo defendido e/ou atacado no capítulo. É uma série que não desce do muro.

Para se ter uma ideia, além de vídeos de arquivo de Britney e de Jamie, o documentário recorre a entrevistados inusitados: moradores de Kentwood, cidade onde Britney foi criada; a escritora-fantasma que trabalhou na biografia de Lynne Spears, mãe da cantora; e até um paparazzo que gravou a princesinha do pop quando ela raspou a cabeça e atacou um carro com seu guarda-chuva.

São personagens que até poderiam ser interessantes, mas pouco sabem sobre o que realmente ocorreu nos bastidores da briga familiar. Jornalistas que cobriram o caso, uma ex-maquiadora da cantora e o produtor da turnê The Circus Starring Britney Spears (2009) têm mais informações, mas falam pouco. Apenas defendem que Jamie buscava o melhor para a filha e que fez tudo o que um pai deveria fazer para proteger sua herdeira.

Na tentativa de defender Jamie, a série sugere que a cantora não tem se comportado bem desde que reassumiu o controle de sua vida. Ainda insere na treta uma ex-empresária de Britney, Lou Taylor, que teria manipulado o pai de família para dominar a carreira da cantora como pagamento de um empréstimo. É uma reviravolta promissora, mas pouco desenvolvida: o nome de Lou some da narrativa tão rapidamente quanto aparece, com a executiva apenas afirmando, por nota, que não tem nada a ver com a confusão.

O episódio com o ponto de vista de Britney Spears promete ser mais revelador –a cantora, pelo menos, já deixou claro que tem muito a dizer em seus posts no Instagram. Resta saber o quanto os responsáveis pelo documentário conseguiram aproveitar desse material.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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