Jenna Ortega revela não aguentar pressão das redes sociais: ‘Nervosa’

Em conversa com Elle Fanning no projeto Actors on Actors, da revista Variety, Jenna Ortega não conseguiu conter o choro ao falar sobre a toxicidade e a pressão das redes sociais. A intérprete de Wandinha no fenômeno da Netflix detalhou seus desafios para se manter autêntica online enquanto sofre com ataques.

“É um jogo de comparação”, confessou a atriz. “Não é uma lavagem cerebral, mas as redes sociais são bem manipuladoras de certa maneira. Eu fico muito nervosa, especialmente depois da série [Wandinha] eu fico muito nervosa de falar qualquer coisa no Instagram ou até de ser eu mesma. É um outro mundo, para o qual as pessoas não te preparam.”

Jenna comentou sobre navegar pelo estrelato ainda na infância e as dinâmicas tóxicas com as quais precisa lidar, principalmente no Instagram, que a impedem de ser verdadeira consigo mesma e com seu público. “Eu tendo a ser sarcástica e até seca, então eu facilmente posso ter problemas por isso nas redes sociais”, comenta.

Para ela, as redes sociais começaram como uma forma de expor ao mundo quem ela verdadeiramente era. A vulnerabilidade seria sua maneira de não ser idolatrada pelo público, mas a atriz confessou que muitas pessoas usam esse seu lado de má-fé. “Quero que as pessoas assistam aos filmes e conheçam a pessoa por trás das câmeras, que seja tangível, e percebam que ninguém deve ser colocado em um pedestal, porque ninguém é mais especial do que outros pelo que faz. Mas eu acho que eu fui exposta ao mundo de uma forma que as pessoas levam vantagem disso, elas veem essa vulnerabilidade e distorcem de uma maneira que você nem sempre espera”, acrescentou a atriz, que começou a chorar. 

“É tão difícil de balancear. Como você pode ser honesta sem colocar em risco a sua própria saúde e segurança? É muito fácil se sentir fora de controle. É por isso que é tão importante sair do telefone.”

Jenna Ortega ainda agradeceu por ter pessoas que a acompanham desde que ela era muito criança –amigos e familiares nos quais ela consegue confiar. “Nos últimos anos, eu fiquei melhor em não pegar meu telefone, não ler comentários, porque eu sei que esse é um ciclo péssimo em que a gente se coloca. Eu estava nervosa até de fazer essa entrevista, porque eu ainda tenho essa vontade de ser humana, honesta e autêntica. E na frente da câmera, as pessoas querem que você seja algo diferente. Sorrir mais, ter mais energia. Eu prefiro que as pessoas me vejam chorar do que ser algo que eu não sou.”

Assista à parte da entrevista, em inglês: