Divulgação/Netflix
Anthony Rapp alegou ter sido atacado pelo astro de House of Cards em 1986, quando tinha apenas 14 anos; ator negou as acusações
Kevin Spacey foi considerado inocente pelo júri do processo civil no qual era acusado de abuso sexual, segundo decisão anunciada nesta quinta-feira (20), após apenas duas horas de deliberações. O também ator Anthony Rapp, autor da denúncia, pedia US$ 40 milhões (R$ 208 milhões) em danos por agressão e sofrimento emocional.
Segundo Rapp, em 1986, quando ele tinha apenas 14 anos, Kevin Spacey teria o pegado no colo, “como um noivo carrega sua noiva”, colocado-o em cima de uma cama no seu apartamento e depois montado em cima dele em uma tentativa de sexo. O ator vencedor de dois Oscars tinha 26 anos na ocasião. Ele negou a acusação e alegou que nunca teria ficado sozinho com o jovem.
As denúncias do suposto comportamento predatório de Kevin Spacey vieram à tona em 2017. Na ocasião, ele era astro da série House of Cards (2013-2018), e viu sua carreira cair em desgraça por causa da fala de Anthony Rapp.
Ele foi demitido da série da Netflix, teve todas as cenas que havia gravado para o filme Todo o Dinheiro do Mundo (2017) jogadas fora e não conseguiu mais nenhum papel. O último trabalho dele foi o filme O Clube dos Meninos Bilionários (2018), gravado antes do escândalo.
Neste ano, Kevin Spacey foi confirmado no elenco do filme italiano L’uomo Che Disegno Dio (O Homem Que Desenhou Deus, em tradução livre), do diretor Franco Nero. O longa-metragem contará a história de um artista cego que tem habilidade de desenhar retratos de pessoas baseado apenas em suas vozes. Aos 61 anos, Spacey terá um pequeno papel na trama como um detetive policial.
Depois de Rapp se pronunciar, outros 20 homens também optaram por relatar supostos abusos que teriam sofrido de Spacey. Os ataques datam, na maioria, entre 1995 e 2013, mas há relatos de casos em anos anteriores. Na época, o ator revelou ser gay e pediu desculpas pelo que assumiu ter feito.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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