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Jornalistas no MasterChef Brasil

Melissa Haidar/Band

EXPERIÊNCIA ÚNICA

MasterChef: Saiba como é ser julgado na cozinha mais famosa do Brasil

Participei de uma prova real na cozinha do MasterChef Brasil e entendi a pressão que rola no reality show culinário da Band

Giulianna Muneratto

Com o objetivo de apresentar a décima temporada do MasterChef Brasil (17ª, se contarmos todas as variações que a franquia já desenvolveu por aqui), a Band convidou 16 jornalistas para uma dinâmica de arrepiar: fazer uma prova no estilo do reality show culinário. A disputa teve direito a gritos de Erick Jacquin, contagem regressiva de Ana Paula Padrão e até prêmios para os vencedores.

Em uma dinâmica chamada de Festival MasterChef, o programa celebrou toda a trajetória da franquia que faz sucesso em plataformas multimídias e na tela da TV aberta. Para coroar, jornalistas totalmente amadores assumiram os fogões nos estúdios Vera Cruz, onde são gravadas as provas do programa. 

Com transmissão ao vivo na internet e para as afiliadas, a prova foi no estilo do MasterChef do começo ao fim: teve direito à entrada pela grande porta de madeira, sorteio de duplas, comida surgindo no púlpito e até aventais descendo do teto. A ideia era transmitir aos responsáveis pela cobertura do reality a mesma sensação que os participantes têm dentro da cozinha –e deu certo.

 “Vocês são muito corajosos. Sempre que me perguntam se eu tenho vontade de cozinhar para os chefs, eu respondo: não”, começou Ana Paula Padrão. O desafio, à princípio, parecia simples: em duplas sorteadas, precisávamos criar uma torre com, no mínimo, dez panquecas doces. Era importante que elas tivessem um recheio e, de acompanhamento, um chantilly batido na mão, sem a ajuda da batedeira.

Rodrigo Oliveira, Helena Rizzo e Erick Jacquin até tentaram dar uma ajudinha e contaram quais ingredientes seriam necessários para produzir o prato, mas na hora da emoção, é possível esquecer tudo. Tivemos exatos três minutos de mercado, e é impressionante como é possível se perder lá dentro quando não se sabe a posição dos ingredientes e como as coisas acabam rápido quando se tem 16 pessoas desesperadas atrás delas.

Quando vi, estava com uma cesta cheia, pesada, com coisas que eu nem sabia se iria usar ou não. Na hora do desespero, peguei um pouco de tudo para que não faltasse nada. Ficamos sem creme de leite fresco, porque já tinha acabado, e o leite, essencial para a receita das panquecas, também havia sido esquecido.

Tivemos um tempo para arrumar os ingredientes nas bancadas, mas não havia uma alma que ensinasse a mexer nos aparelhos chiques da cozinha; você precisava descobrir por conta própria. Quando o relógio tocou, eu e minha dupla decidimos que eu faria as panquecas, enquanto ele bateria o chantilly. O resultado final? Um verdadeiro desastre.

Vinte minutos passaram com tamanha rapidez na cozinha do MasterChef que não deu nem para raciocinar. Enquanto tentava fracionar os ingredientes para fazer a massa da panqueca, eu via o desespero dos outros competidores que estavam tão perdidos quanto eu. Em dado momento, ninguém conseguiu ligar o fogão de indução, e um membro da produção precisou explicar para cada um que estava lá.

Quando vi que esqueci o leite, logo peguei emprestado dos meus colegas de bancada. Mas a tragédia já estava anunciada: bati demais a massa, não coloquei a quantidade certa de farinha e esqueci o fermento. Na hora de tentar fazer a panqueca, esqueci de untar a frigideira, então nenhuma delas saía como deveria.

Acabei sujando cinco frigideiras no processo, e o tempo correndo como nunca havia feito antes. Ao longe, dava para ouvir o Jacquin gritando para que acelerássemos o processo, e a Ana Paula fazendo uma contagem regressiva que dava palpitação a cada minuto que baixava do tempo que tínhamos.

Quando a regressiva de dez segundos começou, eu não tinha conseguido fazer nenhuma panqueca, e minha dupla não chegou nem perto do ponto do chantilly. Nossa solução? Entregar um prato com frutas e chocolates, que chamamos de “panquequível”, a panqueca invisível.

Tivemos que correr para levar o prato à bancada e, na explicação aos chefs, dissemos que era um novo conceito –eles poderiam, inclusive, imaginar que a panqueca tinha o sabor que eles quisessem. Quando eu pensei que tomaria um esporro do Jacquin, fui cumprimentada e parabenizada pela minha criatividade. 

Masterchef com jornalistas

Erick Jacquin foi muito bonzinho ao não entregarmos nada na prova

Arquivo Pessoal/Giulianna Muneratto

Obviamente que, sem entregar nada, não cheguei nem perto de “subir ao mezzanino”, ou ganhar qualquer um dos prêmios. A bancada, porém, estava cheia de pratos desastrosos, que pareciam gororobas totalmente intragáveis. A dupla vencedora foi a única a entregar mais do que uma panqueca, diferentemente dos demais, que alcançaram o ponto em apenas uma, ou não entregaram nenhuma.

O prêmio foi um conjunto de panelas da Royal Prestige e um conjunto de cervejas da Eisenbahn, ambas patrocinadoras do programa. Os chefs pegaram muito leve com os jornalistas, mas foi possível sentir que a cozinha do MasterChef realmente é para os corajosos. Intensidade, pressão e correria são algumas das palavras que podem resumir essa experiência, que com certeza foi única e inesquecível.

A nova temporada do MasterChef Brasil estreia nesta terça-feira (2), às 22h30, na Band.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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