Boris Martin/Netflix
Conhecida por papéis cômicos, Rebel Wilson encarou um assédio sexual de um colega de trabalho. Hoje, ela lidaria com a situação de maneira diferente
Rebel Wilson é conhecida por seus papéis divertidos em filmes como a trilogia A Escolha Perfeita (2012-2017) e Missão Madrinha de Casamento (2011). Mas a estrela australiana já encarou momentos dramáticos no início da carreira: ela foi assediada sexualmente por um colega de elenco –cujo nome preferiu não revelar.
“Ele me chamou em uma sala e abaixou as calças”, contou ela à revista People. Depois, o ator pediu que ela fizesse “um ato lascivo” na frente de amigos dele. “Foi horrível e nojento. E isso ocorreu antes do movimento #MeToo, então eles tentaram acabar comigo e com a minha carreira. Se fosse depois do #MeToo, eu teria os destruído.”
Por ser formada em Direito, Rebel Wilson fez o que podia para registrar o caso. “Documentei tudo. Liguei para o meu agente. Registrei algumas coisas por escrito sobre o que tinha ocorrido. Dentro de alguns círculos da indústria, eu me certifiquei de que todos soubessem. Depois descobri que eu era a quarta pessoa a denunciá-lo.”
Mesmo tanto tempo depois, a atriz ainda fica se remoendo por ter terminado de gravar o filme com o seu assediador. “Eu deveria ter ido embora. Não valia a pena. Mas, ao mesmo tempo, eu pensava: ‘Preciso fazer a coisa certa, ser profissional e terminar o trabalho’. Agora, eu jamais faria isso”, ressaltou.
“Se isso acontecesse novamente, eu me defenderia. E isso por causa de outras mulheres que tiveram a coragem de denunciar o que aconteceu com elas. Elas me deram essa oportunidade agora”, valorizou Rebel Wilson.
Ela também busca dar o exemplo para outros colegas de trabalho. Em seu filme mais recente, De Volta ao Baile, disponível na Netflix, Rebel quis que o set fosse tomado pelo respeito. “Tem muita gente jovem no elenco, eu queria ter certeza de que todos fossem respeitados.”
De Volta ao Baile conta a história de Stephanie (Rebel Wilson), uma líder de torcida que sofre um acidente e fica em coma durante duas décadas. Depois de acordar, ela decide voltar ao colégio para terminar seus estudos e retomar a vida de onde havia parado. Mas ser adolescente aos 37 anos é mais desafiador do que ela imaginava.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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