Divulgação/Marvel Studios
Intérprete de Namor em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022), Tenoch Huerta participou de painel da CCXP22 e comemorou a representatividade mexicana nas telas
Ator mexicano, Tenoch Huerta fez sua estreia na Marvel em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022) e já se tornou um dos queridinhos do público. O anti-herói Namor causou sentimentos mistos nos espectadores do novo filme, que se encantaram com a performance do novo astro do estúdio no longa que se consagrou como uma das maiores bilheterias de 2022.
O ator esteve em painel exclusivo na CCXP22 e confessou que se sentiu em casa em meio aos brasileiros. Huerta aproveitou que estava em solo latino-americano para relembrar a importância da representatividade nas telas e celebrar como seu novo personagem conseguirá abrir caminhos para atores de países considerados subdesenvolvidos.
“A América Latina é um mercado com milhões de pessoas, culturalmente forte, poderoso, orgulhoso. Somos gente de uma região muito rica, muito importante”, afirmou. “Os americanos entendem que nos 60, 70 milhões de latinos que estão lá, há um potencial social, cultural, econômico e histórico. Os EUA entendem bem isso, estão se abrindo para a gente, contando parte de nossas histórias. Mas nós também contamos as nossas histórias. Vamos ver muito mais de nós mesmos e das nossas histórias no cinema.”
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre já se consolidou como um dos filmes de maior sucesso da Marvel e conquistou fãs por todo o globo. Tenoch Huerta contou que se sentiu extremamente orgulhoso por sua trajetória para interpretar Namor, um personagem de tamanha importância, em um filme feito e estrelado por pessoas não brancas. “Sou mexicano, e a maioria dos mexicanos tem um passado indígena. Fizemos US$ 700 milhões [R$ 3,6 bilhões] em menos de um mês. A melanina também vende!”, comemorou.
O longa, que traz à tona a história e o passado de Namor, dá foco aos ancestrais meso-americanos. Para Huerta, isso é uma maneira bonita de honrar seus antepassados e também uma vitória para pessoas que, durante muito tempo, não tiveram protagonismo nas telas.
“Durante 500 anos nos ensinaram que nossos avós não eram bons, que deveríamos ter vergonha do que somos. Acho que esse tipo de filme e de narrativa abre a possibilidade de nos reconhecermos, abraçarmos nossos avós e dizermos: ‘Fiquem orgulhosos, porque hoje seus filhos têm orgulho de vocês’”, finalizou.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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