Markus Spiske/Unsplash
Quem dá identidade para os hits que ouvimos e movimenta os festivais que frequentamos? Se prepare para conhecer as histórias de mulheres que moldam a indústria musical!
Antes de você dar play em um artista favorito ou estar na frente de um palco, prestes a ouvir aquela seleção de hits, muitas coisas (e pessoas) acontecem. Desde as equipes técnicas —que atravessam o país com caixas de som e diversos fios emaranhados para você ter uma experiência memorável— aos créditos da ficha técnica de um disco, existe um nome por trás.
O que acontece, muitas vezes, é que, se você é mulher, esse nome não é colocado na conta. Afinal, não é novidade para ninguém que a indústria fonográfica é majoritariamente ocupada por homens. E, desse espaço, eles não abrem mão. Em 2021, a União Brasileira de Compositores (UBC) levantou dados sobre o apagamento feminino nesse mercado. Segundo a pesquisa, 79% das mulheres já sofreram discriminação de gênero e 53% delas nunca receberam valores de direitos autorais.
Quer outro dado deprê? Em um estudo de 2019, realizado pela Escola USC Annenberg de Comunicação da Califórnia, foi constatado que entre as músicas mais populares do mundo dos últimos sete anos, só 2% de mulheres foram creditadas como produtoras. Eu sei, é uma realidade assustadora.
Por isso, antes da primeira edição da coluna Amplificadoras, resolvi reunir alguns desses dados para justificar o movimento oposto que vai rolar aqui na Tangerina. Neste espaço, a ideia é amplificar as narrativas de personagens femininas —e de quem se identifica como— que trabalham no universo da música, mas não estão, necessariamente, em evidência.
Aqui, vamos reunir quinzenalmente um pedacinho da história dessa indústria massiva, sob a perspectiva de mulheres. Desde técnicas de som, produtoras, curadoras de festivais, empresárias, compositoras, beatmakers, roadies… Enfim, se você é uma dessas mulheres que faz essa máquina girar, este lugar também é para você.
Meu nome é Nicolle Cabral, já dei palinhas sobre mulheres na música em veículos como a Rolling Stone Brasil, Revista Balaclava e Revista Noize. Também coleciono aparições no Monkeybuzz, em entrevistas e críticas de disco. Desta vez, venho aqui todo domingo para dividir as boas histórias que ouvi, com vocês. Mas fique de olho que a primeira edição da coluna vai ser especial, e você não vai precisar esperar tanto.
Sejam todes bem-vindes. Quando a casa está cheia, o refrão sai melhor.
Até logo!
Nicolle Cabral
Antes de ser repórter da Tangerina, Nicolle Cabral passou por Rolling Stone, Revista Noize e Monkeybuzz. Nas horas vagas, banca a masterchef para os amigos, testa maquiagens e cantarola hits do TikTok.
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