MÚSICA

Avril Lavigne no Espaço Unimed

Giulianna Muneratto

EM SÃO PAULO

Sem energia, Avril Lavigne sustenta show no vocal e na nostalgia

Apesar do cansaço visível, Avril Lavigne conseguiu emocionar os fãs em apresentação realizada no Espaço Unimed, em São Paulo

Giulianna Muneratto

Com um semblante cansado e pouca presença de palco, Avril Lavigne se apresentou nesta quarta-feira (7) para uma legião de fãs no Espaço Unimed, em São Paulo. Apesar da falta de energia, a cantora canadense –que não voltava ao Brasil desde 2014– conseguiu entregar à multidão uma performance nostálgica com vocais impecáveis.

Aos 37 anos, Avril não tem mais o mesmo gás de quando pisou em solo brasileiro pela primeira vez, em 2005. Mesmo assim, a cantora não falha em agradar aos fãs: seu repertório, ainda que celebrando muito da nova fase com o álbum Love Sux (2022), foi uma verdadeira viagem à era de ouro do pop punk com hits que a tornaram imortal

A atitude de roqueira dos primeiros álbuns da carreira foi se esmaecendo ao longo dos anos, mas Avril provou em cima do palco que ela é, de fato, a “motherfucking princess” do gênero musical do qual se tornou embaixadora. Tocando guitarra e atingindo notas com seu timbre inconfundível, ela mostrou –dois dias antes de sua apresentação no Rock In Rio— que tinha mesmo potencial para sustentar um palco Mundo. 

Apesar do atraso de 30 minutos para começar o show e uma apresentação curta, de apenas uma hora, a cantora conseguiu elucidar ao público as verdadeiras razões pelas quais tornou-se ícone de toda uma geração que cresceu e amadureceu lado a lado com ela. 

O carisma da artista, que foi tão questionado em sua última apresentação no Brasil (inclusive, com um Meet & Greet que se tornou um meme inesquecível), certamente foi parte integrante do show em São Paulo. Distribuindo sorrisos e acenos, Avril falou diversas vezes o quão feliz estava por estar de volta, e até disse que a cidade era “sua razão para sorrir”, quando tocou a música Smile. 

Ela transparece paixão por aquilo que faz assim que os fãs começam a soltar a voz e cantar a plenos pulmões os hits que consolidaram sua carreira. Em forma de agradecimento, Avril Lavigne até atendeu aos pedidos feitos no Twitter e tocou Avalanche, música que não estava prevista na setlist. 

Uma tristeza para o público presente, porém, foi que a canadense cortou Here’s To Never Growing Up e Love Sux da apresentação, e também deixou de lado os gritos desesperados clamando por Nobody’s Home.

Confira a setlist completa do show em São Paulo:

  • Cannonball
  • Bite Me
  • What the Hell
  • Complicated
  • Intro/My Happy Ending
  • Smile
  • Losing Grip
  • Love it When You Hate Me
  • Hello Kitty (intro)
  • Girlfriend
  • Bois Lie
  • Sk8er Boi
  • Intro/Head Above Water
  • Avalanche
  • I’m With You

Com um delicioso ar de nostalgia, Avril Lavigne não entregou a esperada presença de palco, mas emocionou e fez o Espaço Unimed –que estava lotado, com fãs sem ingresso desesperados para entrar– vibrar com canções que marcaram uma geração. Na sexta-feira (9), a canadense se apresenta no Rock In Rio, no palco Sunset.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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