Em show morno, Bastille convence pelos hits no Rock in Rio

Os britânicos do Bastille estreiam no Rock in Rio preenchendo quase uma cota de pop eletrônico. Em edições anteriores, nomes como Walk the Moon e Sheppard já passaram pelo palco Mundo. Neste sábado (10), eles antecedem Camila Cabello e Coldplay.

A banda abriu a apresentação com a dançante Distorted Light Beam. “Como vocês estão, Rio? Boa noite! Nós somos Bastille. Desculpe meu português, é uma m***a”, arranhou num português ensaiado o carismático vocalista Dan Smith.

Na sequência, o grupo trouxe um de seus primeiros hits, Things We Lost in the Fire. Good Grief teve o vocalista literalmente jogado ao chão.

Inspirado no último álbum, Give Me The Future (2022), o show é conduzido por uma história distópica de uma empresa, chamada Future Inc. Mensagens no telão e narrações nos interlúdios sustentam a ficção, que tenta trazer provocações sobre redes sociais e o futuro das tecnologias —nada com muita profundidade. As faixas do disco também aparecem na setlist, como Survivin’ e Future Holds.

As novas músicas da banda Bastille acabam tendo uma recepção morna do público, contrastando com os sucessos mais antigos. Flaws, por exemplo, foi cantada só com voz e violão e ganhou um grande coro. Of The Night, que interpola The Rhythm of The Night, da Corona, e Rhythm Is a Dancer, do Snap! também teve uma boa recepção. Na reta final, Happier e Pompeii garantiram a maior vibração da plateia, encerrando a performance com saldo positivo —mas sem gosto de “quero mais”.