Cantora Carly Simon perde as duas irmãs para o câncer em 24 horas

A cantora e compositora Carly Simon, dona do hit You’re So Vain, está lidando com uma tragédia pessoal: suas duas irmãs morreram em um período de 24 horas. A jornalista e soprano Joanna Simon sucumbiu a um câncer na tireoide na quarta-feira (19), enquanto a compositora Lucy Simon não resistiu a um câncer de mama e morreu na quinta-feira (20).

As duas mortes foram confirmadas por uma fonte próxima da família ao site Deadline. Único homem entre os irmãos Simon, Peter morreu em 2018 de parada cardíaca depois de também lutar contra um câncer.

Filhas de Richard L. Simon, cofundador da editora Simon & Schuster, as três fizeram sucesso na música antes de tomarem rumos diferentes. Lucy e Carly começaram a carreira juntas, como o duo de folk The Simon Sisters, ainda na década de 1960.

Em 1971, depois que Lucy abandonou os palcos para se dedicar à faculdade de Enfermagem, Carly Simon seguiu carreira solo e explodiu com um disco que levava seu nome. Ela ganhou o Grammy de artista revelação no ano seguinte. Em 1977, gravou Nobody Does It Better para a trilha do filme 007 – O Espião que me Amava. A música é considerada um dos melhores temas de James Bond da história.

Apesar de não ter repetido o sucesso da irmã, Lucy também ganhou dois Grammys ao lado do marido, David Levine, de melhor gravação para crianças com os dois volumes de In Harmony, lançados em parceria com a versão norte-americana do programa Vila Sésamo –Carly ajudou a parente com uma faixa para cada disco.

Na década de 1990, Lucy foi indicada ao Tony Award pela composição do musical O Jardim Secreto. Ela também fez canções para a adaptação teatral de Doutor Zhivago e, recentemente, trabalhava em um espetáculo baseado no filme Nossas Noites (2017). Susan Birkenhead e Emily Maan seguirão com o projeto em homenagem à compositora.

Já Joanna Simon fez carreira musical no teatro, cantando em óperas na década de 1960. Soprano elogiada por sua voz, ela se apresentou ao lado das filarmônicas de Nova York e de Viena e também com a Orquestra Sinfônica de Pittsburgh. Ela decidiu se aposentar dos palcos em 1986 e passou a trabalhar como jornalista na cobertura de artes da PBS, canal público da TV norte-americana.

Joanna, inclusive, venceu um prêmio Emmy de jornalismo por uma reportagem sobre a ligação entre o transtorno bipolar e a criatividade. O jornalismo a acompanhava também na vida pessoal: ela foi companheira do renomado Walter Cronkite (1916-2009) de 2005 até a morte dele. Nos últimos anos, ela passou a trabalhar como corretora de imóveis.