MÚSICA

Sean "Diddy" Combs, magnata da música que foi condenado

(Foto: Reprodução/YouTube)

NA MIRA DA JUSTIÇA

Caso Diddy: O que será da fortuna de US$ 400 milhões após condenação?

Preso à espera de definição de sentença, magnata reduziu risco de ter patrimônio confiscado após resultado de julgamento

Vinícius Andrade, Tangerina
Vinícius Andrade

Sean “Diddy” Combs, o magnata da música e figura importante do hip-hop, teve o seu pedido de fiança negado pela Justiça dos Estados Unidos após ser condenado por transporte para fins de prostituição. Preso desde setembro de 2024, ele aguardará a definição de sua sentença atrás das grades. A decisão judicial levanta importantes questões sobre o futuro de seu vasto império e da fortuna que, recentemente, foi estimada pela Forbes em US$ 400 milhões (R$ 2,1 milhões).

Diddy, cujo nome verdadeiro é Sean John Combs, é uma figura imponente no mercado musical, frequentemente mais reconhecido como produtor e empresário do que como músico.

Nascido no Harlem em 1969 e criado por sua mãe, ele estudou administração antes de se destacar meteoricmente na Uptown Records e, em 1994, fundar sua própria gravadora, a Bad Boy Records. Através dela, revelou astros como Usher, Mary J. Blige e Notorious B.I.G., e é creditado por transformar o hip-hop de um movimento de rua em um gênero globalmente popular. Seu álbum No Way Out, de 1997, inclusive, rendeu-lhe um Grammy. A Bad Boy Records, que já vendeu mais de 500 milhões de discos, permanece operacional.

Além da música, Diddy expandiu sua fortuna para outros empreendimentos lucrativos, como o setor de bebidas alcoólicas e a indústria da moda. Ele firmou uma parceria significativa com a empresa de bebidas Diageo para promover a vodka Ciroc e, posteriormente, adquiriu em conjunto a tequila DeLeón.

Em 2024, Diddy vendeu sua metade da DeLeón por aproximadamente US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão), e a Diageo tornou-se a única proprietária da Ciroc. O magnata também fundou a Revolt Media, da qual se afastou em novembro de 2023 e vendeu sua participação em 2024. Seus negócios se estenderam ainda para a AQUAhydrate (água), Capital Preparatory Charter Schools, The Sean Combs Foundation, Empower Global, Our Fair Share e Love Records.

Sean "Diddy" Combs em sua rede social

Sean "Diddy" Combs em sua rede social

Reprodução/Instagram/diddy

A vida luxuosa de Diddy

Seu estilo de vida luxuoso era sustentado por um patrimônio impressionante, que incluía megamansões multimilionárias em Los Angeles e Miami. A residência de Los Angeles está atualmente no mercado por US$ 61,5 milhões (R$ 332,7 milhões), enquanto a de Miami Beach foi avaliada em US$ 48,5 milhões (R$ 262,3 milhões).

Diddy também possuía um jato Gulfstream G550 avaliado em mais de US$ 25 milhões, uma vasta coleção de arte com obras de Jean-Michel Basquiat e Keith Haring, e uma frota de pelo menos 20 carros de luxo, incluindo Rolls-Royce, Bentley, Ferrari, Lamborghini e um Mercedes Maybach.

No entanto, nos últimos anos, seu império começou a diminuir. De um pico de US$ 740 milhões (R$ 4 bilhões) em 2019, seu patrimônio líquido caiu para US$ 400 milhões em junho de 2024, antes mesmo de ser indiciado.

Além disso, ele enfrentou a perda de negócios significativos e dezenas de processos civis, incluindo um acordo de US$ 20 milhões (R$ 108 milhões) com sua ex-namorada Cassie Ventura. A publicidade negativa em torno de seus problemas legais também impactou o valor de seu catálogo musical, dificultando uma eventual venda.

A condenação

Na quarta-feira (2), um júri federal em Nova York considerou Sean “Diddy” Combs culpado por duas acusações de transporte para fins de prostituição, envolvendo Cassie Ventura e uma testemunha sob pseudônimo identificada como “Jane”. Contudo, ele foi inocentado das acusações mais graves, como tráfico sexual, extorsão e conspiração para extorsão.

A absolvição das acusações de extorsão, formalmente conhecidas como Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act (RICO), é um fator crucial para a preservação de sua fortuna. Especialistas jurídicos ouvidos pelo jornal USA Today apontam que, se fosse condenado por RICO, o Departamento de Justiça teria amplos poderes para confiscar bens que supostamente ajudaram a facilitar seus crimes, o que poderia ter levado à prisão perpétua. Com essa absolvição, as possibilidades de confisco de bens do império de Diddy estão “muito mais limitadas”.

Embora ainda seja possível que o governo busque o confisco de uma gama menor de ativos, relacionados especificamente às duas acusações de transporte para fins de prostituição, o universo de danos potenciais ao seu império foi drasticamente reduzido. Analistas sugerem que a defesa de Diddy poderá oferecer um acordo financeiro, talvez entre US$ 100.000 (R$ 541 mil) e US$ 1 milhão (R$ 5,41 milhões), para resolver esse aspecto do caso.

Diddy, que se diz inocente de todas as acusações, apesar de ter celebrado o resultado por ter escapado das penas mais graves, enfrenta uma possível pena de até 20 anos de prisão pelos crimes pelos quais foi condenado. Ele foi preso em setembro de 2024 e, com a negativa de fiança, o juiz Arun Subramanian determinou que ele deve permanecer preso até a definição da sentença. A audiência de sentença foi proposta para o dia 3 de outubro, mas a data pode ser antecipada a pedido da defesa.

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Vinícius Andrade

Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news

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