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FOTO: Reprodução Instagram

É o fim?

Dono do BTS quer acabar com o k-pop? Entenda

O CEO do BTS deseja a eliminação do termo k-pop para ampliar ainda mais o potencial do gênero no mundo

Fernando Berenguel

Pioneiro do k-pop, o empresário Bang Si Hyuk, fundador da gigante do entretenimento Hybe Corporation (agência do BTS), fez barulho esta semana com seus comentários de que a letra “K” deveria ser removida do termo k-pop para que o gênero continuasse crescendo. Numa entrevista ao Maeil Business News, o magnata afirmou que a mudança ousada é necessária para que o segmento continue a ter sucesso. Ele disse até que o “K” limita o crescimento da indústria.

“Hoje em dia, costumo dizer que precisamos remover o ‘K’ do k-pop. O k-pop agora precisa atender a uma base de consumidores mais ampla em um mercado mais amplo”, declarou o empresário.

Esta não é a primeira vez que Bang sugere que o k-pop precisa se expandir além das raízes coreanas. Com o gênero alcançando enorme sucesso global nos últimos anos, o CEO da Hybe parece acreditar que o gênero precisa se tornar mais universal e menos especificamente coreano para ampliar seu apelo. Os comentários de Bang refletem preocupações contínuas sobre futuras limitações de crescimento caso o k-pop continue excessivamente focado na Coreia.

Ele já havia apontado a desaceleração dos números de streaming e de crescimento das exportações como sinais de uma crise iminente, dizendo: “Se o k-pop continuar em sua estrutura atual, estou certo de que haverá limitações ao seu crescimento”.

A remoção do “K” é bastante polêmica entre os fãs. Muitos acreditam que o sucesso do k-pop em todo o mundo, mantendo seus elementos coreanos, é exatamente o que torna o gênero inovador. Os fãs se conectaram fortemente com grupos de k-pop que incorporam a língua coreana, referências culturais e talentos criativos coreanos em suas músicas, vídeos e muito mais. No entanto, o fundador da Hybe e empresário do BTS parece acreditar que recorrer a temas mais universais pode ser a chave para levar o gênero a um palco global ainda maior.

Isso pode significar músicas com mais letras em inglês, trabalhar com produtores e compositores ocidentais e focar menos nas especificidades culturais coreanas. Grupos da agência Hybe, como o próprio BTS, já alcançaram um grande apelo nestes cruzamentos culturais, com faixas como Dynamite e Butter tocadas inteiramente em inglês. O álbum solo de estreia de Jungkook parece mais um passo nessa direção, já que todas as 10 faixas são totalmente em inglês. Bang vê isso como o caminho a seguir.

Mas nem todos os fãs estão convencidos. Enquanto alguns apoiam a expansão do alcance de grupos de k-pop, outros acusam grupos como o BTS de abandonarem suas raízes coreanas para atrair o público ocidental. Debates semelhantes surgiram em torno de vários grupos de k-pop que parecem inclinar-se cada vez mais para as letras em inglês.

Embora o magnata do BTS acredite que a remoção do “K” poderia permitir que o k-pop subisse ainda mais em ações financeiras e paradas, muitos fãs argumentam que diluir o caráter coreano do gênero poderia fazer com que ele perdesse as qualidades que o tornam tão especial. Resta saber se os grupos de k-pop e as empresas de entretenimento seguirão o conselho de Bang ou continuarão a manter a sua identidade coreana enquanto expandem a base de fãs global.

As palavras do CEO da Hybe têm uma influência significativa. Mas os fãs certamente terão opiniões fortes sobre se eliminar os elementos coreanos é o melhor caminho para o crescimento mundial do gênero.

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