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Vencedora do Eurovision, banda ucraniana Kalush Orchestra fará turnê para arrecadar dinheiro para Exército

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Motivos de segurança

Eurovision 2023: Por guerra, organizadores barram evento na Ucrânia

União Europeia de Radiodifusão defende que invasão russa impossibilita garantia de segurança na produção

Lucas Almeida
Lucas Almeida

A União Europeia de Radiodifusão, responsável pela realização da competição de música Eurovision, confirmou que a próxima edição do evento não acontecerá na Ucrânia. Os organizadores afirmam que a guerra no país, causada pela invasão russa, impossibilita a “garantia de segurança de todos que trabalham e participam” da produção.

“É fundamental que as decisões tomadas em relação a um evento tão complexo de televisão ao vivo sejam tomadas por profissionais de radiodifusão e não se tornem politizadas”, informou a organização em uma nota oficial, publicada nesta quinta-feira (23).

Tradicionalmente, o país vencedor do Eurovision é o anfitrião da edição seguinte. Neste ano, a banda ucraniana Kalush Orchestra levou o primeiro lugar. A União Europeia de Radiodifusão reforçou que, pelas regras, “o evento pode ser movido em uma situação de força maior, como uma guerra em andamento”.

A instituição já havia anunciado em 17 de junho que a emissora ucraniana UA:PBC seria incapaz de cumprir as “garantias de segurança e operacionais” exigidas devido à guerra.

A nota ainda dizia que os organizadores estavam conversando com a BBC para que o evento fosse transferido para o Reino Unido. O segundo lugar da competição deste ano ficou com o cantor britânico Sam Ryder.

O anúncio gerou uma série de respostas. Primeiro, o ministro da cultura ucraniano, Oleksandr Tkachenko, divulgou um comunicado nas redes sociais, demandando uma mudança na decisão.

A BBC ainda explicou, em nota, que aguardaria uma decisão final para discutir a possibilidade de ser anfitriã da competição. Até o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comentou sobre o caso.

Depois de uma visita a Kiev, ele disse para jornalistas que a Ucrânia deveria ter o direito de receber o evento. No comunicado mais recente, a União Europeia de Radiodifusão não deu novos indícios sobre o destino da competição.

O Eurovision é considerado um dos eventos com a segurança mais rígida da Europa. A organização leva quase um ano inteiro para as preparações e todos que recebem acesso aos bastidores têm identidade e antecedentes checados. Cerca de 10 mil pessoas são credenciadas para a competição, entre funcionários e jornalistas.

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Lucas Almeida

Lucas Almeida

Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.

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