MÚSICA

Duo Hitmaker posam de costas em estúdio

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EMOÇÃO NA PELE

Hitmaker: Produtores das divas pop estreiam no Rock in Rio

Conhecido por trabalhos com nomes como Lexa e Luísa Sonza, duo se apresenta no sábado (3) no palco da Coca-Cola

Lucas Almeida
Lucas Almeida

Queridinho de divas pop brasileiras como Luísa Sonza e Lexa, o duo Hitmaker se prepara para estrear como atração do Rock in Rio. Formada por Wallace Vianna e Pedro Breder, a dobradinha subirá ao palco da Coca-Cola no sábado (3), às 22h. “A gente traz toda a bagagem que já tinha de música e mistura com as novas experiências, fica um espetáculo muito legal. Pro Rock in Rio, estamos criando bastantes novidades exclusivas”, adianta Breder.

O processo para chegar até a Cidade do Rock foi longo. Vianna começou o projeto de composição de músicas juntamente com André Vieira, que hoje serve como empresário do duo Hitmaker. Eles se conheceram pela internet e tiveram o primeiro sucesso em 2013, com Beijinho no Ombro, da Valesca Popozuda. Em 2016, Breder se uniu ao grupo e logo eles começaram a produzir faixas também, dando início a uma fábrica de hits, como já adiantava o nome da empresa.

Eles foram ficando conhecidos na indústria. Produziram Combatchy, com Anitta, Lexa, Rebecca e Luísa Sonza, além de todo o álbum Pandora (2019), de Luísa, e sucessos de Kevinho e Renan da Penha. Em 2020, Vianna e Breder deram mais um passo. Eles saíram dos bastidores para lançar uma carreira artística própria sob o mesmo nome de Hitmaker. Desde outubro de 2021, fazem shows pelo Brasil, apresentando faixas autorais e outros sucessos produzidos.

O último lançamento do Hitmaker foi Uma Vezinha, feat com MC Mari, baiana que chegou ao topo das mais ouvidas no Brasil com Bandido neste ano. “A gente não a conhecia pessoalmente, mas já era muito fã”, conta Wallace em entrevista à Tangerina. “Quando escrevemos a música, achamos que tinha a cara dela. Ela topou na hora e ainda botou a própria identidade na canção.”

Ouça Uma Vezinha, feat do Hitmaker com MC Mari

Cantora baiana ficou conhecida pelo hit Bandido

Hitmaker no Rock in Rio

“A primeira coisa que eu fiz foi chorar”, relembra Wallace Vianna sobre o momento que soube que o Hitmaker tocaria na Cidade do Rock. Natural do Rio de Janeiro, ele conta que tinha o sonho de conseguir recriar o efeito que sentiu ao ouvir Som de Preto, do Amilcka e Chocolate. “Essa música mexia muito comigo na infância. As pessoas se sentiam representadas por ela”, explica.

A realização aconteceu com a composição e produção de Favela Chegou, parceria de Ludmilla e Anitta lançada em 2019. O integrante da Hitmaker conta que a faixa seria apresentada pelas duas juntas no Rock in Rio do mesmo ano. “Na época, o Rock in Rio não abraçava o funk, mas eu queria que essa música tocasse lá”, diz ele.

“Infelizmente, elas brigaram e o Rock in Rio autorizou que elas fizessem shows em palcos separados”, explica Vianna. As duas incluíram Favela Chegou na setlist, Anitta no palco Mundo e Ludmilla no Sunset. “Deu pra ver duas cantoras, mulheres, de comunidade, vencendo, quebrando mais uma barreira, com toda a representatividade que carregavam ali consigo, e cantando uma música que a gente sonhou que poderia ser o hino do Rock in Rio. Sabe a Lei da Atração? Ali, vi que realmente existia.”

Agora, mais um sonho se realiza. Essa será a primeira vez de Wallace Vianna na Cidade do Rock. O Hitmaker tem ensaiado diariamente entre quatro e cinco horas e promete momentos únicos no palco do evento.

Fábrica de Hits

O nome Hitmaker traz cobranças. Wallace conta que recebe pedidos de cantores para uma música de sucesso “mais do que bom dia”. Mas a fórmula não é tão simples. “A música é uma parte da carreira do artista. Tem toda uma parada por trás: sua experiência, se seu show está legal… A gente tenta fazer um potencial hit se o artista quiser, mas não pode cravar nada. Quem manda no final e escolhe se é um hit ou não é o povo”, comenta Pedro Breder.

O duo explica que tenta manter o objetivo de criar músicas marcantes, seja através de uma melodia chiclete, de uma frase de impacto ou até da simples separação fonética do “hi-t-ma-ker”, cantada no início de suas produções. Wallace compara as composições com outras situações. “Você se relaciona com inúmeras pessoas na sua vida, mas algumas fazem algo que te marca, positivamente ou negativamente. Tomou o primeiro chifre, te marcou. Recebeu um pedido de casamento, te marcou. Quando outras pessoas passam sem fazer nada de diferente, você nem se lembra delas”, compara.

A técnica não exclui a importância de o Hitmaker se manter atento às novas tendências no mercado. “Acho que a gente não pode ser negacionista em relação ao TikTok, é uma realidade”, complementa Wallace. “Mas a gente não se limita a fazer música para a plataforma. Não posso pensar em uma música romântica com uma dancinha no meio. Não pode perder a essência da canção, tem que ser natural.”

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Lucas Almeida

Lucas Almeida

Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.

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