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A Tangerina bateu um papo com Kevin O Chris, um dos principais hitmakers da atualidade, sobre sua trajetória e planos futuros
Kevin O Chris é, sem dúvidas, um dos principais hitmakers da atualidade. Músicas como Tipo Gin, Tá Ok e Faz um Vuk Vuk explodiram em 2023 e colocaram o funkeiro no ranking dos artistas mais ouvidos do mundo. E tudo vem da mente dele: a batida, as letras e a energia de cada uma de suas músicas.
Cria de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o cantor já levou o funk para o mundo, conquistou o coração de Cardi B e cada vez mais cresce em popularidade nacional e internacionalmente. Para celebrar o ano bombástico, a Tangerina bateu um papo com Kevin O Chris sobre sua trajetória e planos futuros. Dá uma olhada:
Tangerina: É inegável o quanto sua carreira explodiu nos últimos anos –até com gravações em Portugal e Cardi B revelando que gosta de suas músicas. Como você avalia sua trajetória no funk até aqui?
Kevin O Chris: Minha trajetória no funk começou lá de baixo, tocando nos bailes, fazendo meu trampo com muito amor pra galera curtir e as coisas foram acontecendo. Claro que não é fácil, temos que correr muito atrás para que as oportunidades apareçam, mas sempre tive muita fé em Deus e tudo que conquistei é graças a isso. Gravar em Portugal com certeza foi um marco, um dos mais importantes da minha carreira, e a realização de um sonho. Além disso, ouvir artistas tão grandes como a Cardi B curtindo minhas músicas é surreal, mostra que o funk pode ultrapassar barreiras e que a favela venceu. Tô felizão demais onde estamos chegando e quero ver o funk cada vez mais no topo!
T: Desde o começo da sua carreira você pensou em seguir diretamente no funk ou tinha outros planos? Como você iniciou na música?
K: Eu nasci em berço evangélico e conheci a música através disso, foi na bateria da igreja. Em 2014, comecei a tocar como DJ em Duque de Caxias e o funk acabou se tornando minha paixão. Foi no funk que encontrei minha verdadeira identidade e não tive dúvidas que queria seguir nesse caminho.
T: Você foi anunciado como um dos nomes do Lollapalooza 2024. Qual foi a sensação? O que essa conquista acarreta em sua carreira?
K: Ser atração do Lollapalooza 2024 é surreal e eu só posso agradecer ao funk. Fico felizão em poder estar nesses palcos enormes representando a nossa cultura, nosso som de favela. É um sonho que virou realidade e uma demonstração de que os sonhos podem sim se tornar realidade e que um garoto que veio lá de Duque de Caxias pode estar nos maiores lineups do mundo.
T: O que te inspira na hora de compor e produzir canções de funk?
K: Na real, minha inspiração vem de tudo que eu vivo, tudo que eu vejo e escuto. Eu sempre busco trazer pro som aquela energia das ruas, da galera, das festas. É o que tá rolando no dia a dia, sabe? Às vezes, é um momento, uma vibe, e eu coloco isso nas letras, na batida, em tudo. É como se eu transformasse esses rolês em música, em algo que todo mundo pode curtir. E quando tô lá no estúdio, produzindo, tento trazer aquele feeling de sons bem pra cima, do batidão, pra todo mundo sentir a vibe do funk.
T: Você acredita que é um diferencial ser um artista completo, que escreve e produz as próprias músicas?
K: Pra mim, escrever e produzir as minhas músicas é como ter controle total da minha arte, do meu trampo. É como se eu tivesse a chave pra expressar minha vibe exatamente do jeito que eu quero, sem filtro. Me permite transmitir minha história, minha visão, e conectar de um jeito mais profundo com quem ouve. Isso é essencial, porque levo a real do meu dia a dia pra música. Acho que isso ressoa com a galera, cria uma identificação. Então, com toda certeza, ser esse artista completo faz toda a diferença!
T: Quais são os seus planos para o futuro? O que você ainda deseja muito realizar?
K: Meus planos pro futuro envolvem sempre evoluir, inovar e levar meu som para mais e mais lugares. Eu tô sempre buscando crescer e trazer novidades para a cena, para meus shows. Quero continuar levando o funk para outros horizontes, trazer sons brabos pra galera curtir e trampando para que o funk esteja cada vez mais longe.
T: Tem algo que você gostaria de dizer ao pequeno Kevin do passado, depois de ter conquistado tantas coisas?
K: Eu diria para ele nunca perder a fé em Deus, continuar acreditando nos sonhos, mesmo nos momentos difíceis e que apesar de vir de um lugar pequeno, onde parece que grandes sonhos não são possíveis, tudo dará certo e o funk abrirá portas para lugares onde nunca imaginou chegar.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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