MÚSICA

Melhores músicas de março: faixa de Dominic Fike em Euphoria entrou na lista

Divulgação/Eddy Chen/HBO

Lista

Para todos os gostos: 20 músicas imperdíveis que saíram em março

Ficou perdide entre tantos lançamentos musicais neste longo mês de março? A lista traz desde Dominic Fike (foto acima) e Zendaya a Luísa Sonza, Ludmilla, Karol Conká, Arcade Fire, Soccer Mommy e Rosalía

O editor de música da Tangerina, Luccas Oliveira, e Nicolle Cabral, repórter de música
Luccas Oliveira e Nicolle Cabral

Março foi de fortes emoções, né? Além de parecer interminável, o mês teve Lollapalooza Brasil, disco novo da Rosalía (melhor do ano?), muita música boa… É normal se sentir perdide no meio de toda esta correria. Assim, um ou outro lançamento musical acaba escapando do nosso radar.

Mas a equipe de música da Tangerina vai te dar uma mão. Selecionamos as 20 melhores músicas de março para você atualizar suas playlists preferidas. Contamos ainda com a ajuda de luxo de Dora Guerra, autora da coluna Fresquinhas! —lá, toda sexta-feira, ela faz um resumo dos lançamentos da semana.

As melhores músicas de março

Internacionais

Hentai – Rosalía

MOTOMAMI é, para todos os efeitos, torto e caótico —um exemplo é a linda, delicada faixa cuja letra é até meio explícita e o nome é HENTAI. É pra poucos. Na verdade, o disco é uma prova do quanto Rosalía consegue passear por estilos e formatos sem perder identidade, ritmo e refinamento; durante todo o tempo, a única coisa que você consegue pensar é “Madre mia, Rosalía”. (Dora Guerra)

Sweetest Pie – Megan Thee Stallion e Dua Lipa

Em um lançamento feito especialmente para quem vai no dia 11 de setembro no Rock in Rio, Megan e Dua entregam exatamente o que se esperaria: Sweetest Pie é um pop bem pop, levemente genérico, que segue a formulinha básica de refrão cantado, alternado com versos da rapper. 

É agradável, chicletinha (a voz da Dua Lipa vai te perseguir pelo resto do dia), mas não tem muito mais o que dizer. Às vezes, o pop realmente não pretende ser muito profundo… e tá tudo bem. (Dora Guerra)

Megan Thee Stallion e Dua Lipa em trecho de clipe

Assista ao clipe de Sweetest Pie

A música estreou na 2ª posição dos charts do Spotify dos Estados Unidos

Baby – Charli XCX

Em Baby, Charli ela mira no pop sexy, levemente funky, e acerta. Ela tem dessas: até quando faz um pop menos diferentão, o negócio transborda em personalidade. Daqui a duas semanas, a gente se reúne aqui de novo e eu te conto o que achei do disco completo. (Dora Guerra)

Open a Window – Rex Orange County e Tyler, The Creator

Se o novo disco de Rex Orange County acabou divertindo menos a galera indie animada do que se esperava, Open a Window fez valer sua existência. Encaixe gostoso entre a voz do cantor e compositor e o flow imprevisível de Tyler, um dos melhores artistas em atividade hoje. (Luccas Oliveira)

Elliot’s Song – Dominic Fike e Zendaya

Eu sei, quando você assistiu ao último episódio de Euphoria, tudo o que você queria era que a música fosse um pouco menor. Mas, se você ouvir Elliot’s Song fora do contexto da série, ela dá um quentinho no coração. A composição da sensível faixa é de Zendaya e Labrinth, responsável por toda a trilha original da série. Fike, que também é um baita músico, interpreta a canção com muita delicadeza. A faixa ganhou uns synths a mais e a segunda voz é de ninguém menos que Zendaya. Lindo de ouvir! (Nicolle Cabral)

Talk – Beabadoobee

Tem algumas coisas que estão voltando com força neste mundo pandêmico. Uma delas é o espírito punk que Talk, single da cantora de bedroom pop Beabadooobee, explora com frescor e esmero em Talk. Música perfeita para dias quentes do outono. (Luccas Oliveira)

My Love – Florence + The Machine

Aqui, Florence recupera elementos principalmente do seu segundo álbum, Ceremonials (o que tem Say My Name, entre outras coisas). De forma muito coordenada ao título do futuro álbum, Dance Fever, a cantora indie oferece uma música dançante à sua forma: levemente sombria, extremamente teatral. Finalmente, no terceiro single, sinto que nos aproximamos do que será o trabalho completo. Já separou seu vestido de brechó? (Dora Guerra)

Shotgun – Soccer Mommy

Shotgun é o single que nos introduz ao novo mundinho de Alisson, Sometimes, Forever, terceiro disco da carreira —ainda sem data de lançamento. Nele, a artista disfarça os sentimentos azedos em melodias doces, com um vocal reluzente. O novo registro tem menos guitarras limpas e mais da atmosfera do rock alternativo dos anos 1990. O que nos causa uma ótima impressão. A nova produção é encabeçada por Daniel Lopatin, conhecido por ter sido pioneiro do gênero vaporwave. (Nicolle Cabral)

Naked – Finneas

Em se tratando do irmão-produtor da Billie Eilish, é difícil esperar algo que não seja bom, o cara manja de música que desce bem, com ritmo, vocais sobrepostos e tal. Naked é esse tipo de faixa que dura pouquinho, mas tem fases definidas e não te entedia de forma alguma. Aliás, termina com um som bizarríssimo que eu não faço ideia do porque está lá, mas eu gosto dessa sensação. (Dora Guerra)

Fair – Normani

Fair é uma balada R&B que ecoa nos ouvidos, com autotune bem colocado ao fundo. Os vocais de Normani são gostosos, precisos. É ótimo conhecer esse lado da cantora. (Dora Guerra) 

The Lightning, I, II – Arcade Fire

The Lightning I, II —faixa de 5min30s, dividida em seu clímax em duas partes— dá um respiro para todos os fãs, ex-fãs e novos-fãs do Arcade Fire. É uma música (ou duas) criativa, genuína, naquele clima absurdamente trilha-sonora-de-filme-independente como só a época The Suburbs garantia. Mas não é um repeteco: é ainda mais ousada que muitas obras do grupo, crescendo, subindo e acelerando a batida do seu coração só para evaporar no fim. E claro, te deixar com gostinho de quero mais. (Dora Guerra)

Iced Tea – Joyce Wrice e Kaytranada

Deliciosa, saborosa, frescor, sensação de que não há nada de errado no mundo. (Dora Guerra)

Nacionais

Putari4 – Ludmilla, Akon, Justin Love e Mousik

Em seu EP comemorativo de 10 anos de carreira, Lud (ou MC Beyoncé?) comemora com feats surpreendentes (leia-se: a volta do Akon direto daquele lugar onde ficam artistas que desapareceram desde os anos 2000). Te dá vontade de voltar no tempo e ouvir as mais brabas de Akon. (Dora Guerra)

Sentadona (Remix) s2 – Davi Kneip, MC Frog, DJ Gabriel do Borel, Luísa Sonza

Neste remix, Luísa Sonza dá uma nova cara, flow (e bom humor) para a música, garantindo oficialmente que é um hit. Remix tem dessas, né. Apesar de ser uma estratégia pra bombar, o negócio às vezes dá muito errado e só te dá vontade de ouvir a original, antes do “estrago”. Não é o caso de SentaDONA; nela, a participação de Luísa Sonza faz com que você não queira mais ouvir a original, na verdade. Aos meus ouvidos, essa é a única versão possível. (Dora Guerra)

Paredawn – Karol Conká

A essa altura, no ano passado, ouvir, comentar e rir com Karol Conká pareciam coisas impensáveis —mas ainda bem que o tempo passa e as coisas dão uma acalmada. Depois de tudo o que rolou, na verdade, tirar sarro de si mesma é uma ótima opção. E é o que a mamacita faz com tranquilidade em Paredawn, acompanhada de ninguém menos que RDD, mais um dos lançamentos de sua fase pós-BBB.

Afinal, não gostou, coloca no paredawn que ela tem uma carreira linda lá fora. Tinha. E tá voltando a ter. (Dora Guerra)

Romantizou – Barões da Pisadinha e MC Danny

Essa combinação de nomes já nasce com milhões de streams, né? (Dora Guerra)

Isabella – Terno Rei

Gêmeos, novo do Terno Rei, é um disco bem bonito, que casa bem com o ouvido e tem influências diversas; a própria Aviões, que não curti tanto à primeira ouvida, entra lindamente com o conjunto. Destaque pra Isabella, faixa elegante e cuidadosa. (Dora Guerra)

Era de Aquarius – Martinho da Vila e Djonga

Mistura Homogênea, mais recente disco do gigante Martinho da Vila, é o maior barato. É até difícil separar uma única faixa do trabalho. Mas Era de Aquarius ganha a frente por juntar o potente Djonga com o sambista que tem idade para ser seu avô. Dois artistas necessários para diferentes gerações cantando sobre um futuro melhor para o país. (Luccas Oliveira)

Eu Só Vou Voltar – Raí Saia Rodada e Marcynho Sensação

Eu não sou lá a melhor curadora de lançamentos de piseiro, mas sei reconhecer uma boa letra quando a ouço: “Eu só vou voltar quando a bebida do Stanley esquentar, quando as balada do mundo acabar, quando as novinha parar de sentar” definitivamente se enquadra nessa categoria. Tem música que é feita pra ser cantada meio gritando, fim de festa, você meio bêbado mas sem a menor intenção de ir pra casa. Cá está uma delas. (Dora Guerra)

Mágico do Som – MC WM e MC Lan

Esta música traz dois dos melhores timbres do Brasil juntos em uma linda canção sobre magia. (Dora Guerra)

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QUEM FEZ
Luccas Oliveira

Luccas Oliveira

Luccas Oliveira é editor de música na Tangerina e assina a coluna Na Grade, um guia sobre os principais shows e festivais que acontecem pelo país. Ex-jornal O Globo, fuçador do rock ao sertanejo e pai de gatos, trocou o Rio por São Paulo para curtir o fervo da noite paulistana.

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