Rapper Blecaute volta às raízes em Efeito Dominó: ‘Um EP muito íntimo’

Enquanto alguns rappers buscam a ostentação e outros vangloriam a violência em suas letras, Blecaute deixou o lado durão do gênero para abrir o coração. Na sexta-feira (22), ele lançou seu primeiro EP, Efeito Dominó, no qual demonstra toda a sua vulnerabilidade. “É um EP muito íntimo. Entrei de cabeça e me dediquei em cada rima que fiz”, diz o músico.

Para o artista, expor seu lado mais vulnerável é uma maneira de se ligar com o público. Quando compartilha seu lado mais frágil, Blecaute consegue se conectar e mostrar afeto, amor, raiva, empatia, identificação e muitas outras coisas. Ele mergulhou sem medo nas profundezas de seus sentimentos para o álbum de estreia, depois de uma discografia formada por singles.

O projeto tem início com a música Haaland, carro-chefe do EP e feita em parceria com o artista Flacko. As faixas seguintes são Bala Cadente, Di Venetta, Iraque e Efeito Dominó. Misturando jersey, rap e trap, Blecaute rima sobre temas como a negritude, o racismo, as vivências pessoais e os sentimentos mais profundos de maneira crua e verdadeira.

Natural de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, Blecaute tem 25 anos. Aos 12, ele começou a compor suas primeiras músicas, geralmente escritas em pedaços de papelão. A maioria era gospel, pois o artista começou compondo para a igreja. O sonho de viver da música sempre pareceu distante, mas Blecaute desenvolveu esse lado ao longo do tempo, sem perceber.

Em suas composições, ele gosta de falar sobre amor, trazer luz às pautas sociais e contar sobre suas vivências. Hoje, o maior sonho do artista é ganhar um Grammy.  Além de cantor, Blecaute quer ser roteirista e diretor –uma maneira de levar sua arte para outros públicos e de deixar suas vulnerabilidades ainda mais expostas.