Brigas públicas de Roger Waters ameaçam venda bilionária do Pink Floyd

O Pink Floyd segue em negociações para vender todo o catálogo da banda em um contrato que pode chegar até a U$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões na cotação atual), de acordo com a Variety. No entanto, falas recentes de Roger Waters sobre a invasão da Ucrânia podem afetar diretamente as negociações.

Em agosto, o Financial Times revelou que a lista de compradores interessados na venda do Pink Floyd incluía Sony Music, Warner Music, BMG, Primary Wave e o Hipgnosis Song Management, um fundo de investimento musical que já adquiriu o catálogo de nomes como Justin Timberlake e Neil Young.

O acordo daria direito ao uso do nome e imagem da banda britânica, mas não abarcaria os direitos de publicação das faixas lançadas ao longo da carreira.

Depois de ter shows cancelados na Polônia por postagens nas redes sociais sobre a Rússia e a Ucrânia, Roger Waters recebeu críticas por uma entrevista publicada pela Rolling Stone no início de outubro.

O músico citou a possibilidade de estar “em uma lista de morte que é apoiada pelo governo ucraniano” e afirmou que as evidências de possíveis crimes de guerra envolvendo a Rússia são “mentiras” baseadas na propaganda ocidental.

De acordo com a Variety, as falas de Waters já fizeram com que pelo menos um dos possíveis compradores desistissem da negociação. Além disso, as polêmicas envolvendo o nome do co-fundador do Pink Floyd também poderia afetar o preço de mercado do catálogo. “Os outros membros da banda devem estar furiosos”, comentou uma fonte do mercado ao veículo.

As novas polêmicas chegam apenas semanas depois do lançamento do Animals (2018 Remix). O disco reúne músicas remasterizadas com novas tecnologias do álbum de 1977. O projeto do Pink Floyd já estava pronto desde 2018, mas sofreu atrasos na divulgação por causa de desentendimentos entre Roger Waters e David Gilmour.