MÚSICA

Roger Waters, do Pink Floyd, durante entrevista

Reprodução/YouTube

Questão internacional

Após shows cancelados na Polônia, Roger Waters escreve carta a Putin

Fundador do Pink Floyd recebe críticas nas redes sociais desde que condenou participação dos Estados Unidos no conflito com a Rússia

Lucas Almeida
Lucas Almeida

Roger Waters publicou uma carta aberta para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a invasão na Ucrânia, após ter dois shows cancelados na Cracóvia, Polônia. De acordo com a NBC News, a equipe do roqueiro suspendeu as performances marcadas para abril, sem informar os motivos. No entanto, o fundador do Pink Floyd sofreu uma onda de críticas após condenar a participação dos Estados Unidos no conflito.

“Em primeiro lugar, você gostaria de ver o fim desta guerra? Se você respondesse e dissesse: ‘Sim, por favor’, isso imediatamente tornaria as coisas muito mais fáceis. Se você saísse e dissesse: ‘Além disso, a Federação Russa não tem mais interesse territorial além da segurança das populações de língua russa da Crimeia, Donetsk e Lubansk’. Isso ajudaria também”, afirmou Roger Waters no texto publicado no Facebook.

O cantor ainda complementou, citando a possibilidade de novas invasões. “Digo isso, porque conheço algumas pessoas que pensam que você quer invadir toda a Europa, começando pela Polônia e o resto dos estados bálticos. Se você fizer isso, foda-se, e todos nós podemos parar de brincar do jogo desesperadamente perigoso da galinha nuclear com o qual os falcões de ambos os lados do Atlântico parecem tão à vontade, e fazer isso”, escreveu.

As críticas contra Roger Waters começaram em agosto, quando ele chamou o presidente Joe Biden de “criminoso de guerra” por enviar fundos de apoio à Ucrânia. “Por que os Estados Unidos da América não encorajam [Volodymyr] Zelensky a negociar, eliminando a necessidade dessa guerra horrível e horrenda?”, disse ele à CNN.

No início do mês, Roger Waters ainda publicou uma carta para a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, em que voltava a criticar os Estados Unidos e ainda apontava para ações ucranianas. “Infelizmente, seu velho homem concordou com essas demissões totalitárias e antidemocráticas da vontade do povo ucraniano, e as forças do nacionalismo extremo que espreitavam, malévolas, nas sombras, desde então governaram a Ucrânia”, disse ele no texto.

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Lucas Almeida

Lucas Almeida

Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.

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