MÚSICA

Montagem com antes e depois de Anitta

Reprodução/Instagram

MOMENTO DE ORGULHO

De MC Larissa a revelação do Grammy: A trajetória brilhante de Anitta

Anitta foi de zero a 100 em 13 anos e tem a possibilidade de alcançar um feito raro entre brasileiros: vencer uma categoria no Grammy

Giulianna Muneratto

Larissa Macedo Machado saiu diretamente de Honório Gurgel para os palcos do Grammy, que acontece no próximo domingo (5). A funkeira, de raízes cariocas, ralou muito até se tornar a Anitta que é hoje e conquistar o mundo com seu carisma e talento. Com uma indicação histórica, a cantora concorre ao título de artista revelação de 2022 e pode dar um passo gigante, não somente para a própria história, mas também para o legado musical brasileiro.

Anitta teve seu primeiro contato com a música aos oito anos e, em 2010, entrou para o icônico Furacão 2000. MC Larissa foi seu primeiro codinome. Mas, inspirada pela minissérie Presença de Anita (2001), acabou adotando o nome que a projetou como artista pop.

Entre brigas com empresários e até colegas do meio, Anitta tornou-se dona do próprio nariz, e estreou como artista pop quando lançou o single Show das Poderosas (2013). Aos poucos, foi conquistando seu espaço, mas alcançou uma projeção nacional absurda com o álbum Bang (2015). 

Daí para frente, foi uma ascensão meteórica. Hits como Menina Má, Meiga e Abusada, Loka, Você Partiu Meu Coração e Sua Cara são apenas alguns que compõem o catálogo de sucessos da cantora, que se tornou a parceria certa e mais almejada pelos artistas musicais do Brasil.

Visionária, Anitta passou também a se envolver nos negócios, se lançou como empresária e se especializou em marketing. Por isso, não dá ponto sem nó. Head de criatividade e inovação de marcas como Skol Beats e Nubank e até dona da própria marca de perfumes íntimos, ela criou um império com a sua imagem que ultrapassou a indústria musical.

Antes de Anitta, parecia uma tarefa impossível para um brasileiro atingir o mercado internacional. Michel Teló até conseguiu o feito com Ai, Se Eu Te Pego, mas caiu no esquecimento no resto do mundo após o único sucesso.

Aos poucos e sem pressa, a cantora construiu sua carreira mirando se tornar uma diva reconhecida lá fora. Primeiro, a América Latina conheceu a sua Paradinha e o seu espanhol impecável, além de vê-la rebolando com nomes como Maluma e J Balvin. 

Depois, ao lado de Iggy Azalea, ela cantou Switch –que acabou morrendo na praia, mas foi o pontapé de muita coisa boa que ainda estava por vir. O projeto CheckMate, de 2017, talvez tenha sido o ponto crucial para transformar Anitta em ídolo internacional.

Cantando em três línguas, ela conquistou o público com o seu eternamente amado funk, se jogou no reggaeton, e ainda fez uma união de pop com bossa nova. O disco abriu espaço para o eterno Kisses (2019), que teve participações internacionais consagradas de nomes como Snoop Dogg, Becky G e Alesso. 

Porém, o negócio explodiu mesmo com o famoso “el paso de Anitta”, em Envolver. A música do Versions of Me (2022) levou a cantora ao patamar de revelação aos olhos do público mundial depois de chegar ao topo do Spotify Global e ainda ajudou Anitta a quebrar recordes como a primeira cantora latina a atingir o feito.

Depois, Anitta subiu ao palco de premiações como o VMA, AMA e tantas outras consagradas internacionalmente. Foi a primeira brasileira a vencer prêmios em várias dessas cerimônias e ainda projetou o funk para o mundo inteiro.

Gostar da Anitta não é obrigatório, mas é necessário reconhecer que ela deu passos largos para levar ao mundo um outro olhar sobre o Brasil e sua música. A Girl From Rio abriu as portas para dar início a um novo momento na indústria e, agora, pode estar perto de uma conquista que poucos artistas brasileiros tiveram: vencer um Grammy. 

Assim como o Brasil se uniu na Copa do Mundo e no momento em que Envolver estava a caminho de se tornar a música número um do mundo, o país também se une na torcida para que Anitta traga um gramofone de ouro para casa e faça, novamente, história.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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