NO PALCO

Michel Teló no musical Bem Sertanejo

Divulgação/David Correia

BEM SERTANEJO

Michel Teló explora lado ator e é pego de surpresa a cada apresentação

Cantor estreia a quinta temporada do espetáculo Bem Sertanejo - O Musical no fim do mês e bateu um papo com a Tangerina sobre a experiência

Luciano Guaraldo

Conhecido no mundo todo graças à explosão de Ai Se Eu Te Pego (2011), Michel Teló também tem explorado o lado ator. Desde 2017, ele encena o espetáculo Bem Sertanejo – O Musical, que estreia sua quinta temporada no próximo dia 26, em São Paulo. Os cinco anos em cartaz, porém, ainda não prepararam o cantor para os comportamentos diferentes de cada plateia.

“Cada lugar a gente é recebido de uma maneira, né? O público se comporta de um jeito diferente. Em Belo Horizonte, a galera canta e interage do começo ao fim, como se fosse um show. Em São Paulo, o pessoal se comporta mais como em um musical mesmo, espera a música terminar [para aplaudir]. Mas sempre tem os que cantam junto também!”, ressalta Michel Teló em conversa exclusiva com a Tangerina.

O artista explica que, apesar de os públicos de regiões diferentes reagirem de maneiras distintas a Bem Sertanejo, às vezes percebe mudanças de comportamento até no mesmo local. “A cidade pode ser a mesma, mas em outra sessão tudo muda. A galera se emociona de um jeito diferente, participa de outra forma. Isso é muito legal, a gente nunca sabe o que esperar.”

Ao longo de duas horas e meia de espetáculo, o público acompanha a história da música sertaneja, desde a sua origem caipira, no século 17, até os dias mais recentes. São mais de 50 sucessos de nomes consagrados para colocar o público em contato com suas raízes e mostrar as mudanças que o gênero sofreu ao longo dos anos, especialmente com a saída do homem do campo para a cidade grande.

Michel Teló e o elenco de Bem Sertanejo

Michel Teló e o elenco de Bem Sertanejo

Divulgação

Mas, se a reação da plateia é sempre um ponto de interrogação, uma coisa é certa para Michel Teló: impossível assistir a Bem Sertanejo sem se emocionar. “As pessoas saem da peça extremamente tocadas e felizes. Dá para sentir essa vibração quando termina e está todo mundo de pé, aplaudindo e aplaudindo e aplaudindo (risos). Porque realmente tocou o coração de todo mundo, tocou algo especial na vida de cada pessoa ali.”

“Sem dúvida, isso é algo muito lindo de a gente poder viver. Porque o pessoal do elenco também sai de toda apresentação muito feliz e satisfeito com a mensagem que a gente passa”, assegura o cantor e compositor –que também adicionou ator ao currículo. “A emoção é sempre garantida, na primeira, na segunda, todas as vezes que você for assistir. Várias pessoas viram cinco vezes, e em todas se emocionaram.”

Michel Teló, inclusive, não descarta a possibilidade de se aventurar na atuação em outros projetos além de Bem Sertanejo – O Musical. “Tem sido muito bacana poder participar desse projeto. Atuando em um teatro, com texto, com fala, com posição de palco, todas aquelas marcações. É prazeroso, né? Quem sabe mais para a frente surjam alguns projetos com essa pegada aí? Mas eu sempre prefiro quando tem música no meio”, destaca.

Questionado pela reportagem se haveria a possibilidade de um spin-off do espetáculo focado nas cantoras do gênero, Teló se empolga. “Você está me dando uma boa ideia, viu? (risos) Fazer uma peça Bem Sertaneja. Desde que a gente estreou, as mulheres da música estão cada vez mais fortes, mais marcantes, mostrando a potência que elas são.”

Ele aponta que o musical já tem algumas mulheres do sertanejo, como Inezita Barroso (1925-2015), Roberta Miranda e Ana Eufrosina da Silva (1923-1981), da dupla Cascatinha & Inhana. “É algo que se faz extremamente necessário, essas artistas marcaram a música sertaneja. E temos a Marília Mendonça [1995-2021], que revolucionou o gênero, é a rainha do sertanejo moderno. Seria uma honra [homenageá-la], com certeza merece muito!”

Bem Sertanejo inicia sua temporada em São Paulo no Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500, 3º andar) no dia 26 e segue em cartaz até 25 de setembro. Às quintas e sextas, as sessões são às 21h; sábados, às 16h e 21h; e domingos, às 15h e 20h. Os ingressos custam entre R$ 50 e R$ 200 e podem ser comprados pela internet.

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QUEM FEZ

Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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