POR ONDE ANDA?

Anderson, do Molejo, e Netinho de Paula, do Negritude Jr.

Reprodução/Instagram

SUMIRAM?

De Molejo a Negritude Jr.: Por onde andam pagodeiros dos anos 1990?

Grupos fizeram sucesso nos anos 1990, mas desapareceram das mídias; a Tangerina foi investigar o que aconteceu com alguns destaques

Giulianna Muneratto

O pagode foi um dos gêneros de maior sucesso dos anos 1990. Grupos como Molejo, Katinguelê, Karametade e Só Pra Contrariar se tornaram expoentes da cena musical na época e estão presentes nas playlists dos brasileiros até hoje com hits que se tornaram atemporais.

Ainda que muitos grupos que surgiram na época estejam na ativa, como Fundo de Quintal e Pixote, outros acabaram sumindo dos holofotes –seja por terem desfeito suas formações originais ou mesmo por polêmicas envolvendo os vocalistas. A Tangerina foi investigar o que aconteceu com algum dos principais expoentes do pagode no anos 1990. Dá uma olhada:

Só Pra Contrariar

Hit dos anos 1990, o Só Pra Contrariar era comandado por Alexandre Pires e chegou a ter mais de 3 milhões de álbuns vendidos no auge do grupo de pagode. Durante um tempo, o SPC focou muito na música romântica, até que o vocalista resolveu seguir carreira solo após oito anos na banda.

Dessa forma, o baterista e irmão de Alexandre, Fernando Pires, assumiu os vocais do grupo. Ele se mantém à frente do Só Pra Contrariar até hoje. Em 2013, Alexandre retornou para a comemoração de 25 anos da banda, mas voltou em seguida à carreira solo.

O Só Pra Contrariar continua fazendo shows por todo o Brasil. Em 2020, porém, um grande susto paralisou as atividades: Fernando ficou quase uma semana internado na UTI após um acidente doméstico, que acarretou em um traumatismo no crânio encefálico. O cantor se recuperou bem e segue na ativa. 

Katinguelê

Inaraí e Recado à Minha Amada são só duas das músicas mais conhecidas do Katinguelê, grupo comandado pelo pagodeiro Salgadinho nos anos 1990. Até hoje os hits estão presentes nas playlists de clássicos do gênero musical. 

Apesar de o nome Katinguelê não ser mais tão forte no mercado, o grupo continua na ativa –com uma formação totalmente diferente da original. Salgadinho, porém, seguiu uma carreira solo bem-sucedida, tem lançado músicas novas e feito projetos no samba.

Molejo

Grupo de sucesso com músicas divertidas como Brincadeira de Criança e Cilada, o Molejo também é um grupo que segue na ativa. Porém, o grande nome da banda, Anderson Leonardo, acumulou polêmicas durante a carreira que acabaram se sobressaindo aos hits. Ele já foi acusado de assédio pela ex-Fazenda e modelo Solange Gomes, além de ter sido acusado de estupro por um jovem de 21 anos.

Recentemente, Anderson também revelou que recebeu o diagnóstico de câncer e interrompeu a agenda de shows momentaneamente. Porém, o Molejo já está de volta aos palcos e tem feito apresentações em formaturas e eventos corporativos.

Karametade

Nacionalmente conhecido pela música Morango do Nordeste, o Karametade era presença certa nos programas dominicais das principais emissoras de TV do Brasil. O grupo teve quase um nepotismo: Vavá, vocalista até 2000, foi substituído por seu irmão gêmeo Márcio quando decidiu seguir carreira solo. A banda seguiu firme até 2005.

Em 2019, os integrantes resolveram se reunir para celebrar seus 25 anos de carreira, mas a turnê foi impedida pelo coronavírus. Vavá e Márcio, porém, aproveitaram para juntar seus talentos musicais e hoje formam uma dupla, cantando os sucessos da época de banda. 

Negritude Jr.

Comandado por Netinho de Paula, o Negritude Jr. passou por altos e baixos ao longo da existência do grupo. Atualmente comm uma formação diferente da original, os pagodeiros seguem utilizando o nome que levou músicas como Beijo Geladinho e Cohab City a tocar nas rádios de todo o país.

Como vocalista, Netinho foi o grande símbolo do grupo. Após deixar momentaneamente o pagode, ele se tornou apresentador e fez sucesso com o quadro Um Dia de Princesa. Porém, envolvido em polêmicas como violência doméstica e, mais recentemente, ter sido processado por pressionar uma mulher a doar o rim em um de seus programas, o artista acabou sumindo dos holofotes.

Em 2019, ele voltou a cantar. Nesse meio tempo, Netinho também seguiu carreira política. Além disso, ele foi contratado pela RedeTV! para comandar o programa É da Gente, que passou para a Rede Brasil posteriormente, e segue à frente da atração.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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