Como é assistir a um show no setor mais premium do Allianz Parque

Recentemente, a coluna teve um momento de “rei do camarote” no Allianz Parque —sem a bebida que pisca, no entanto. A convite da produção, fui conhecer o Backstage Mirante, espécie de experiência super premium para shows na arena. O espaço disponibiliza uma série de mordomias, como comidas e bebidas liberadas, festas pré e pós-show com três horas de duração e mais.

Vale lembrar que, de uns anos para cá, o estádio do Palmeiras se tornou o mais concorrido para eventos musicais na capital paulistana.

A inauguração oficial do novo camarote do Allianz Parque foi no show do Guns N’ Roses, no fim de setembro, e o Backstage Mirante voltou a abrir para o Rockin’ 1000. Estive lá no evento seguinte, para assistir ao show do colombiano J Balvin, o príncipe do reggaeton, que contou ainda com as aberturas de luxo de Gloria Groove e Tropkillaz.

Preços variam a cada show

A capacidade é de 450 pessoas, e os preços variam de show a show. Por exemplo, para o Guns N’ Roses, a brincadeira começava em R$ 2 mil, mas tanto para o Rockin’ 1000 quanto para J Balvin a experiência foi mais acessível—a partir de R$ 300 e R$ 500, respectivamente. Todos os valores já incluem o ingresso para os shows, além das mordomias exclusivas.

A diferença de valor vai além do quão badalado o artista é. O Guns N’ Roses fez um show no formato padrão, utilizando praticamente toda a estrutura do estádio. Neste caso, o palco fica de costas para o Backstage Mirante e, por isso, quem compra o ingresso tem acesso à pista premium —por um corredor interno do Allianz Parque, evitando tumultos.

O Rockin’ 1000 e J Balvin trouxeram configurações diferentes. O primeiro foi um show 360º, com mil músicos espalhados no gramado. Logo, não teve pista. Já o astro do reggaeton se apresentou no formato Allianz Parque Hall, no qual o palco fica virado para a arquibancada, numa espécie de anfiteatro. Havia uma pista, porém muito reduzida.

Nestes casos sem pista premium, não há acesso ao gramado, e o público do Backstage Mirante assiste aos shows do rooftop, com uma visão de cima, menos privilegiada. Por outro lado, há o acesso contínuo às bebidas, comidas e demais mordomias —falaremos sobre elas logo mais.

Backstage Mirante tem entrada própria, sem filas

A experiência é diferenciada já na chegada. Não precisei pegar filas, uma vez que a entrada para o camarote premium no Allianz Parque é feita no portão de credenciamento —o mesmo que a imprensa geralmente usa. O staff do Backstage Mirante te orienta a pegar o elevador para o sétimo andar, onde fica o espaço de convivência.

O espaço é amplo e bem decorado. Há uma enorme varanda com vista para o gramado e uma área ainda maior ao ar livre nos fundos, com vista para a cidade.

Além disso, escadas dão acesso a cadeiras reservadas na parte superior da arquibancada, para quem quiser assistir aos shows —nos formatos hall e 360º— sentados. Uma área de descanso com sofás e pufes, além de carregadores de celular, também é para lá de bem-vinda, assim como os enormes e limpíssimos banheiros.

Famosos circulam pelo camarote

Como era de se esperar, diversos famosos circulam pelo camarote premium do Allianz Parque. No show do J Balvin, por exemplo, passaram por lá João Guilherme, Gloria Groove, Negra Li, Mateus Carrilho, os ex-BBBs Gui Napolitano, Lucas Bissoli, Sarah Andrade e Bil Araújo, entre outros.

O bufê é realmente bem servido. Entre as opções de lanches salgados, pizza, carpaccio, hambúrgueres, batata frita e poke de salmão estão lá, à vontade. Sobre o último, vale uma reclamação: só tinha shoyu trufado como acompanhamento, o que pode ser um pesadelo para quem não é chegado. Há ainda açaí e donuts variados para quem quer repor o açúcar.

As variedades também chamam a atenção na carta de bebidas do Backstage Mirante, que oferece drinques, doses, cerveja, energéticos e até opções de vinhos, além das bebidas não alcoólicas —até café! Ao menos dois bares funcionam simultaneamente no camarote do Allianz Parque. Nas horas mais concorridas, surge uma fila ou outra, mas nada que atrapalhe a experiência.

A ideia de ter uma festa pós-show com três horas de duração também é um grande acerto. Além de fazer valer o que foi investido no ingresso para o camarote, ainda agrega valor à experiência, se diferenciando de um show comum e evitando confusões e tarifas dinâmicas da saída. Fiquei até o fim e consegui pegar um Uber na saída tranquilamente, pagando menos do que na ida.

Para quem pode pagar, vale a pena

No entanto, ao menos no dia do J Balvin, o clima pós-show não estava lá muito festivo, e a música não chegou a empolgar os frequentadores. Foi mais um lounge do que exatamente uma festa de sábado à noite. Imagino que em outros dias, mais disputados, possa ser mais vibrante.

No fim das contas, a experiência no Backstage Mirante, o camarote premium do Allianz Parque, foi para lá de aprovada. É recomendada para quem quer ter uma experiência mais confortável, reservada, farta e, claro, para quem não vai se endividar por isso.

Comparativamente, o custo-benefício é melhor do que o do lounge do Lollapalooza, por exemplo, pelo qual o cliente paga quase R$ 3 mil a mais no passaporte de três dias para ter algumas destas mordomias, porém em um espaço longe dos palcos.

Veja o calendário de shows que vão passar pelo Allianz Parque ainda em 2022, com o camarote aberto:

Os ingressos entram à venda no próprio site do Backstage Mirante, e não nas bilheterias oficiais dos shows. Não há uma data fechada para o início das vendas para cada evento, então é bom ficar de olho nas redes sociais do camarote.