Divulgação/WWE
Enquanto o Monday Night Raw se consolida entre os mais assistidos globalmente, a luta livre não emplaca no mercado nacional
A Netflix desembolsou impressionantes US$ 5 bilhões (R$ 28,3 bilhões) para adquirir os direitos de transmissão dos eventos da WWE. A estreia do Monday Night Raw em 6 de janeiro mostrou-se um investimento acertado: o programa permanece há 18 semanas consecutivas no Top 10 global da plataforma.
Enquanto o sucesso é retumbante no exterior, a recepção no Brasil ficou aquém do esperado. Apesar de oferecer também os programas NXT e SmackDown ao vivo, além de um acervo extenso de eventos históricos e documentários, nenhum deles conseguiu emplacar entre os mais assistidos no país.
O contraste entre o sucesso global e a recepção morna no Brasil chama a atenção. Historicamente, o país teve um público fiel à luta livre, desde os tempos dos Gigantes do Ringue até as transmissões da WWE no SBT. No entanto, a chegada da WWE à Netflix não gerou o impacto esperado.
Mesmo com um catálogo extenso e campanhas de marketing focadas em promover as grandes estrelas da WWE, a audiência brasileira parece indiferente. Nem mesmo as aparições de grandes nomes como CM Punk, Becky Lynch e Seth Rollins conseguiram atrair a atenção dos assinantes.
Além disso, a plataforma ofereceu conteúdos especiais, como documentários sobre lendas da luta livre, mas nenhum conseguiu emplacar entre os mais assistidos no país.
Parte do problema pode estar na estratégia da WWE, que ainda não conseguiu estabelecer uma conexão sólida com o público latino. Mesmo com Rey Mysterio — um dos maiores ícones da luta livre — no elenco, a empresa não explora a fundo o potencial do mercado hispânico e latino-americano.
Recentemente, a WWE contratou Rey Fenix e Penta, dois lutadores mexicanos que fizeram sucesso na AEW. A intenção é clara: aumentar a representatividade latina no elenco. No entanto, os irmãos ainda não foram alçados ao protagonismo esperado, como campeões de dupla, o que limita o apelo da empresa no Brasil e em outros países latinos.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
Ainda não tem uma conta?